Por Luís Cláudio de Carvalho
O mundo moderno nos trouxe a possibilidade de relacionarmos com um grande número de pessoas, expondo nossos pensamentos e nossas ações, bem como conhecendo os pensamentos e as ações dos outros, através das redes sociais. Com algumas exceções, as pessoas têm utilizado essas ferramentas para interagir de modo cordial e positivo. É inegável a importância dessas redes na atualidade. E o mais interessante é que nelas nada é obrigatório. Nem mesmo ter um perfil em alguma delas. E quem optou por ter, não é obrigado a postar, nem comentar, nem reagir e nem mesmo ler o que outro postou. Mas, a partir do momento em que está nela e compartilha alguma coisa em modo público, é preciso que o usuário entenda que está sujeito aos vários tipos de reações.
Utilizo com muita frequência o Facebook e gosto muito da diversidade das pessoas nessa rede. Assim como em nossa convivência presencial, nas redes sociais existem pessoas dos mais variados tipos e personalidades. Tenho a serenidade e a maturidade suficientes para conviver virtualmente com as diferenças. Procuro entender o “espírito” das manifestações de todos, respeitando o ponto de vista de cada um, tolerando os mais exaltados, relevando alguns excessos e rindo muito dos bem humorados. A criatividade e as “tiradas” de alguns me deixam fascinado com a inteligência das pessoas. Ao mesmo tempo, me entristece ver que o preconceito e a intolerância ainda fazem parte do comportamento de muitos.
Se numa rede social, onde quem entra deve estar, no mínimo, ciente que se deparará com os mais variados tipos de pessoas, alguns usuários não conseguem conviver com as diversidades, imaginem no cotidiano!... E o mais preocupante é perceber que a intolerância e o preconceito explicitados por alguém que está atrás de um computador ou de um smartphone possam ser transformados em ações concretas no dia a dia. Quanto mais progredimos tecnologicamente, mais regredimos no campo do afeto, da solidariedade e do amor ao próximo. Não fazemos vantagem nenhuma quando somos bons apenas com os que têm a mesma opinião, a mesma raça, o mesmo gênero, o mesmo credo e a mesma condição financeira que nós. A diversidade é uma realidade e precisamos saber conviver com as diferenças.
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