Esperteza do glutão
Certa ocasião deixava o refeitório após o guloso almoço do hotel, o qual estávamos hospedados, à deliciosa cidade mineira de Rio Pomba, pequeno município próximo a Juiz de Fora e ao dirigirmos ao espaço reservado ao café e licores junto a recepção, um entrevero acontecia entre um hóspede e o gerente. Um tanto surpresos a notar a reação exposta pelo gentil e educado administrador e atribuir que algo complicado ocorria, pois o cidadão um tanto áspero nas palavras, inconformado, tentava se defender a se dizer explorado pelo gerente, a querer lhe impor cobrança extra só pelo fato de repetir o que desejasse às refeições. O que não via na obrigatoriedade de tal pagamento, já que a estadia não previa essa cobrança extra.
Deixando o local, ao passar pela gerência, o cidadão indignado inquerido pelo gerente, virou-se a mim a indagar se eu concordava com a cobrança de um extra, só porque solicitava dos garçons a repetição de algum alimento às refeições ora servidas. A olhá-los sem tomar parte no entrevero, limitei-me a menear a cabeça, dar de ombro e por fim responder: -Nunca observei esta prática durante minhas andanças hoteleiras, notadamente, àqueles que possuem estadias completas. Se paguei, foi bem pago, a não ser em restaurantes comuns, quando pela gula me visse na vontade de repetir o que degustava. Ai sim pago por isso! O gerente esboçando leve sorriso agradeceu-me, enquanto o inconformado nada falou, talvez a atribuir que iria a seu favor.
De retorno do aposento, depois do asseio bucal, no dirigimos a gerência a deixar a chave em busca de desfazer o guloso almoço na caminhada até o centro da cidade, onde não conhecíamos a não ser em fotos, que por sinal, indico aquém nunca por aqui passou, pois é digna de ser visitada pela sua beleza arquitetônica, onde majestosas edificações se despontam grandemente.
“Ao deixarmos o hall, o simpático cidadão administrador, desculpando-se pela cena por nós presenciada, afinal carecia de explicações, já que mal chegávamos a localidade e diante da cena exposta, merecíamos uma explicação, então contou-nos.” O cidadão glutão, hospedado há quaro dias, desde que aqui chegou, esta sendo observado pelo pessoal do refeitório, pondo em prática sua esperteza, as quais tornando-se habitue. Só que o abuso praticado, notadamente nas carnes e queijos, cuja quantidade colocada aos pães como sanduiches e nunca degustadas na hora, deixava o pessoal indignado pela cara de pau, principalmente os garçons. Mas com a ousadia utilizada, fez com que o fato fosse levado a gerência, pois estava havendo um alto consumo destes produtos, o que recairia ,óbvio, a eles. “Então “o cidadão abusado foi comunicado”, que seriam cobrados por taxas extras estes abusos”. Agora senhor, o pergunto; Acha que seria mesquinharia ter tomado esta atitude? Acha que abusei em cobrá-lo pelos seus abusos?
Moral da história: Tudo na vida tem um limite de tolerância e saber respeitá-la é prática comum ao ser humano...
Ah... “Esses turistas indigestos”, cuja educação não está nem ai para sua conduta pessoal são sem contestação, eternos espertos e acima de tudo uns mal educados que na verdade nos presenteiam com momentos de gustativamente bem pitorescos... “Só que olhando o tal reclamante, fisicamente, atribuímos que sua prática alimentar, tinha um fundo de verdade pelo tamanho da proeminente barriga no conjunto da obra...” Infelizmente não sabemos qual o resultado daquele lamentável imbróglio, onde o “glutão esperto” não se conformava com cobrança a ele computada pelo exagero do alimento servido as suas refeições.
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