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Segunda-feira, 24 de Marco de 2025
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A esperteza enforcou-se em Tiradentes...

Muito esperto sempre se da mal...

José Luiz Ayres
Por José Luiz Ayres
A esperteza enforcou-se em Tiradentes...
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A esperteza enforcou-se em Tiradentes

Tivemos à cidade de Tiradentes – preservado monumento histórico-

a fase final de uma longa jornada turística acompanhada de dois casais de amigos, que pela primeira vez puderam conhecer “in loco” esse  belíssimo acervo cultural, o qual os deixou maravilhados diante de tamanha beleza,

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não só histórica, como patrimonial, que   por   razões   excepcionais em cultura e edificações assim externaram os sentimentos a lamentarem não ter desfrutado desta maravilha de acervo mais cedo, mas que nunca é tarde para se conhecer.

 

          Embora os amigos fossem e são excelentes pessoas e companheiros, um deles fazia-se notar pela vivacidade e esperteza, no bom sentido, tal a desenvoltura e lábia com que transacionava junto a comerciantes e óbvio, barraqueiros ao longo das cidades as quais visitávamos e permanecíamos.

         

Assentados a terra em uma bela pousada, cuja diária negociada pelo esperto amigo foi bem compensadora, ficamos a percorrer os pontos  em que o turismo nos chamava atenção, além do trem até São João Del Rey, e bisbilhotando no comércio as novidades artesanais e a receber o assédio de tradicionais guias, que entre muitos oferecimentos, discretamente nos apresentavam pedras semi preciosas e pepitas de ouro a preços bem convidativos aceitando até negociar os valores.

         

Escolado pela vivência, não me deixando levar por tentadoras ofertas, procurei alertá-los a não caírem nestas conversas dos espertos “negociantes”, por mais humildes que pudessem se apresentar, pois são uns verdadeiros trambiqueiros em suas negociatas principalmente junto a nós turistas.

         

 

 

 

À noite já refeitos da caminhada exaustiva do dia, aguardávamos à portaria os companheiros, quando adentra sorridente, o sagaz e esperto amigo, dizendo que havia efetuado um “negócio da China”. Contou-nos que  adquiriu 450g de ouro em bruto, após muita lábia, e pagar apenas RCR420,00. Abrindo o surrado saquinho, mostro-nos as luzentes pepitas. O feito nos valeu um convite ao lauto jantar em comemoração ao grande negócio, já que segundo disse, poderia revendê-las por  baixo a valores que ultrapassariam  a mais de oito mil reais.

         

Dias depois ao chegarmos a Juiz de Fora, onde resolvemos curtir os movimentos urbanos, já bem saudosos, na importante Manchester mineira, que posteriormente, depois de degustarmos um suculento “Tutu a Itamar”, ao passarmos junto a uma ourivesaria à Rua Halfer, lembrei-me das pepitas de Tiradentes e sugeri ao amigo que as avaliasse. Não que quisesse duvidar da veracidade daquelas pepitas, apenas quis que soubesse o real valor. Concordando com a sugestão, penetramos na loja e foi mostrado ao técnico que nos atendeu a providenciar a avaliação. Auxiliado por uma lupa ocular, verificou rapidamente uma das pepitas e , dirigindo-se ao amigo falou: ONDE AS ADQUIRIU ? Isto aqui nunca foi ouro, são apenas pedras chapeadas artesanalmente preparadas, que valem menos do que uma bijuteria, vendida em qualquer banca de camelô. Acredito que o senhor fora lesado por algum espertalhão. Afinal este golpe, se assim podemos atribuir ser, é muito comum entre visitantes e turistas que por aqui passam, achando que conhece tudo de pedras e ouro...Sem querer menospreza-lo, porque o senhor não faz uns

 

 

berloques a pendurar em uma pulseira da sua senhora, pelo menos serão aproveitadas.

 

Um tanto desfigurado diante da revelação do ourives, sem ter o que falar a não ser acatar as palavras do técnico demonstrando sua fragilidade, aceitou a sugestão solicitando uma pulseira de sua mulher a qual trazia no pulso,  para passar ali daqui a uma hora para apanhá-la. Já que seria um presente de sua passagem por Juiz de Fora... Do seu conterrâneo, como falamos por aqui: Carioca do Brejo.

 

Moral da história: A esperteza, a lábia quando são aplicadas com honestidade, se é possível isso, tem lá suas qualidades, mas tem que se ter o cuidado, pois nem sempre prevalece no seu objetivo...

         

Ah... Esses turistas espertos e safos, que fazem desta arte negócios, mas quando encontram um rival mais vivo do que eles, são de fato uns otários a nos proporcionar instantes bem pitorescos... Olha que não foi por falta de alertá-los. Felizmente seu prejuízo até que ficou barato, imagine se ele não tivesse a lábia que apregoa ter e aceitasse pagar o que lhe fora pedido pelos 450g de Ouro 22, como disse ter aquelas pedras chapeadas de custo zero... É mas não se esqueça que em terra alheia, nunca se deve tentar engar alguém, quando abordado na aquisição de algo cujo valor apresentado foge o nosso conhecimento e tentamos trapacear objetivando a dita nossa esperteza...

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