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Terça-feira, 25 de Marco de 2025
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A garrucha, a cueca borrada e o batizado...

Pobre do Dodô, quase vira presunto!

José Luiz Ayres
Por José Luiz Ayres
A garrucha, a cueca borrada e o batizado...
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A garrucha, a cueca borrada e o batizado.

 

             Desfrutávamos mais uma vez de um roteiro turístico às Serras Gaúchas, tendo por base a cidade de Gramado, quando tivemos a oportunidade em conhecer um casal de “bem vividos”, cujo cidadão de nome Umbelino, que mesmo no auge dos 83 anos, era uma pessoa extremamente carismática tal a vitalidade exposta sobre todos os momentos que juntos passamos a conviver.

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             Comentando a respeito do gostoso passeio turístico no trem a vapor de Bento Gonçalves a Carlos Barbosa, o qual não conhecia e emocionado, mostrou-se ávido em participar.

             Em conversa, contou-nos que por muitos anos como chefe de vagões dos Correios e Telégrafos na região sudeste, funcionou em inúmeros ramais ferroviários, onde por isso tinha  certa  responsabilidade, a levar àquela gente sofrida do interior, o progresso e trazer a esperança através das correspondências, jornais e revistas, encomendas, dinheiro,  --  naquela época não se falava ou ouvia sobre transportes de valores sendo executado por carros blindados, pois o trem no vagão dos correios, era mais seguro e suficiente para transportar dinheiro,  --  entre vários tipos de documentos, cujo trem teve o seu papel de importância nesta integração social e humana.  Porém, essa convivência permanente por conta desse elo, se tornou uma figura em destaque e principalmente junto às estações não só pela função responsável exercida, como também pela simpatia e carisma de que era dotado. Não havia segundo dizia que não o conhecesse por aqueles ramais.

             Com certa emoção, recordando o passado que já vai longe, lembrou-se de quando a direção dos Correios e Telégrafos o nomearam na sede, à Capital da República, Chefe do Trafego dos Telégrafos, o que levou a ter que deixar o trem depois de 15 anos. Claro que sua nomeação ao importante cargo, o deixaria envaidecido e lisonjeado. Todavia, como contou, foi para ele um golpe violento, o qual entristecido e arrasado custou aceitar. Pois teria de se afastar dos amigos, dos companheiros, das ferrovias, das estações, das agências dos correios, enfim daquele convívio quase familiar que se integrara durante anos,  formado pelo companheirismo sincero, honesto e de verdade, vez que sua nova função não mais seria ligada as ferrovias e viagens e sim, a gabinetes e reuniões burocráticas, em que aquela convivência entre  colegas funcionais e amigos não mais se apresentaria como até então existiu, pois hoje está atrelado a seu gabinete.

             Mas, recordando-se, narrou um episódio que até hoje o tem à memória gravada, que muito trás boa lembrança, daquele tempo ao ser comunicado pela secretária ao anunciar, que um cidadão de nome Deodato, gostaria de estar comigo e espera pela oportunidade em ser recebido em seu gabinete.  Mesmo não sabendo de quem se tratava, solicitou que o entrasse. Então veio a surpresa! Era o agente de Caçapava ferroviário (“Dodô” SP), que numa ocasião por estar envolvido num caso amoroso, onde fugia do pai da moça  que portava uma garrucha e, segundo se soube, por a ter engravidado, se viu apavorado e obrigado a se esconder com medo de morrer. Só que por sorte, Umbelino o acolheu no carro correio acoitando-o a levá-lo até Lorena (SP). Todavia ao saltar, apavorou-se ao ver o homem à plataforma, no que o fez desesperado retornar ao vagão seguindo a Cruzeiro. Umbelino recordou-se, que Deodato teve de retirar sua cueca, pois o pavor pelo pai da moça o fez borrar-se todo! Portanto, o que era dramático transformou-se num tragicômico.

             Deodato ali estava, para convidá-lo   a  ser o   padrinho  do seu filho,   pois se     casara com aquela moça em Caçapava   e por    ter  evitado   de   seu   sogro     estar   preso na cadeia.   Por isso,   seria uma honra   tê-lo também  compadre e gostaria  se tivesse   seu neto com o seu nome. Umbelino!

             Erguendo-se de sua   mesa,     Umbelino    fez   questão  em   abraçar    Dodô, aceitando o honroso convite e foi agraciado com a garrucha  que  quase  o   matou,  de  presente  dada pelo sogro e que espera encontra-lo na cerimônia,  para    poder enfim abraça-lo em agradecimento ao  gesto por ele praticado.

             Segundo   como  revelou  Umbelino,  ao  dia marcado   estava    presente   à cerimônia, onde batizou seu novo afilhado. Luiz Umbelino...

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