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Quinta-feira, 15 de Maio de 2025
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A recíproca foi verdadeira

Um porco bem mentiroso...

José Luiz Ayres
Por José Luiz Ayres
A recíproca foi verdadeira
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A recíproca foi verdadeira!?

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             Àquela temporada de férias de julho à cidade fluminense de Penedo, o hotel em que estávamos hospedados, a frequência de turistas era considerável, com a incidência contundente de crianças. Mas  como em toda coletividade sempre existe alguém que se destaca por determinado motivo e a regra  não se   alterou com a presença de um cidadão, que segundo ficamos sabendo, tratava-se de um “orientador educacional”, principalmente junto as crianças. Era comum vê-lo  sempre a conversar com os jovens passando seus ensinamentos  onde se encontrava: à piscina, no futebol e nas áreas de lazer, enfim vivia se intrometendo entre os menores sem a menor parcimônia. Sua constância em abordá-los, entretanto, começou visivelmente a se tornar maçante, pois se notava  que os mesmos assim que o viam, tratavam-se de se esgueirar.

            Numa manhã com grande parte da garotada a banhar-se à piscina, o “orientador” sentado a um canto, aproximou-se e foi logo recriminando um jovem que não se banhara ao usar a piscina, no chuveiro ali com esse propósito. Depois resolveu interferir o garoto que após deixar a agua,  ficou exposto à friagem, sem se agasalhar com a toalha. Ao deixar o local, o “chato”, ao cruzar com outro menino, o fez parar no sentido de recomendar-lhe providenciar um curativo em seu joelho por estar ferido e necessitava de uma boa assepsia. Essas atitudes embora fossem recomendáveis, é evidente, tornavam-se exageradas e de certa forma irritantes, já que as crianças se sentiam cerceadas em sua liberdade de viver.

            Certa feita, por ocasião da hora do almoço, quando nos dirigíamos ao restaurante do hotel,   ao passarmos pelo lavabo, observamos um daqueles meninos, que por sinal fora um dos que foi abordado  sobre não ter se banhado antes do uso da piscina, pelo cidadão “chato”, estava parado como quisesse surpreender algum colega, meio escondido, talvez a assustá-lo, ou espreitar o comportamento das pessoas que se dirigiam ao restaurante. Assim que ocupamos a mesa do salão, logo a seguir chega ao refeitório o “educador”, a se ocupar  de uma mesa próxima a nós. Não demorou o garoto esperto e tinhoso, penetra no recinto vindo à direção do tal cidadão e, num tom alto de uma voz um tanto esganiçada, que ecoou pelo salão, disse:  - Senhor ! O senhor não vive dizendo pra gente que temos de ter cuidado com a nossa higiene e que ela é importante pra saúde? Sim é verdade.   Respondeu o cidadão cheio de pompa,  --   Então porque o senhor não lavou  as suas mãos para almoçar, tendo andado a cavalo e pegar dinheiro para pagar o homem do aluguel do cavalo? --.                                                                 Retrucou o garoto em tom de voz ainda mais alto, a ponto de todos que ali estavam  se assustassem com o tom de sua voz.                                                                         

            Sem ter como responder, um tanto desequilibrado pela perspicácia do garoto em recriminá-lo pela ocorrência, sem dúvida grave, resolveu dizer que havia lavado as mãos utilizando-se do lavabo do hotel. Retrucado pela criança, que disse estava escondido próximo, o viu: --  O senhor além de porco, é um grande mentiroso.

            Moral da história: Quando se procura passar ensinamentos, orientações de forma pedagógica ou não, a jovens ou mesmo adultos, é necessário que estejamos imbuídos realmente do espírito da coisa, pois do contrário estaremos sempre sendo ridicularizados e por que não, desacreditados.

            Ah... Esses “turistas pseudos educadores” que vivem a ser exemplo se sabedoria e conhecimentos, mas que se esquecem de lavar as mãos antes das refeições são de fato bastante pitorescos, quando  ainda tem na mentira seus argumentos tentando se livrar do ato praticado... Se sentindo talvez envergonhado, deu meia volta a deixar o recinto, com o azougue do garoto a sorrir e indagar se iria lavar as mãos outra vez...

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