A rotina de um quarentenário
Pois é gente, hoje completamos 75 dias confinados. Pouco me importo quanto ao nome que é dado a esse tipo de clausura, como: quarentena, confinamento, aquartelamento para se justificar a prisão que ora nos é determinada pela tal OMS e endossada pelo MS a nós brasileiros, a nos classificar pelo tipo de periculosidade e a letalidade de acordo com a idade, tendo em vista a expansão e a proliferação que o vírus na sua agressividade vem trazendo a humanidade, nos amedrontando e, ainda mais, pelo terrorismo que algumas mídias a apresentar a morbidez com o número de mortes que diariamente somos drasticamente martirizados. Mesmo porque nós, eu e minha mulher, estamos fazendo parte do grupo de risco pela idade e felizmente por residirmos aqui em São Lourenço, MG, tendo o apoio do comércio no que tange a alimentação, farmácias, restaurantes com suas deliveries, onde podemos contar com o atendimento aos nossos pedidos via internet ou telefone. Apenas os bancos, temos que depender da ajuda e colaboração de pessoas que nos mereçam confiança a confiá-los a senha bancária. É vida que segue...
Acordo por volta de 8 horas, sigo meu procedimento diário que há anos venho cumprindo, dado no que me cabe das tarefas domésticas, preparando o desjejum, arrumando o quarto, tirar a poeira do apartamento, colocar em ordem o que desarrumamos no dia anterior (Eu) e por fim executar minhas tarefas físicas pessoais com uma sequência de exercícios, visando um possível bem estar perante este quadro, cuja pandemia nos vem massacrando mentalmente, percorrendo dentro ,do imóvel, certa de 2.000 passos num período de 18 minutos, tentando não colidir com mesinhas, sofás, pé de cama, arcas, cadeiras e outros que por vezes quase se apresentam sem esperar. Para complementar, séries de agachamentos, supinos e outros, para finalmente encarar o almoço. E tomar por 30 minutos o sol à varanda e evitar a sesta ao debruçar-me antes de sentar-me a espreguiçadeira, onde aí tenho a pequena sesta.
Refeito da operação matinal, chego ao notebook onde pela telinha, procuro me atualizar nos números mórbidos da Covid 19 e me encher de esperança pelos recuperados, sempre superiores, dando seguimento à distração e a escrever minhas crônicas, mesmo aborrecido com o nosso povo em não compartilhar com a tentativa de achatar a tal curva e insistir na verticalização da mesma.
E assim, lá se foi mais um dia do triste ano de 2020, na esperança de que talvez em breve, possamos nos dedicar as tarefas aqui expostas, até então por necessidade em fazer esquecer, com mais consciência ao nosso Lar, dividindo a carga doméstica que só descobrimos quando a situação em nossas vidas parece agravar e as tarefas só são compartilhadas pra amenizar o temor deste vírus que hoje nos é imposto impiedosamente...Mas Graças a Deus, temos Fé que tudo vai passar...
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