Abra os olhos, pois a vítima pode ser você!!
Ao retornarmos ao hotel após o almoço, em que a lombeira começava a fustigar, nos deixando um tanto sonolentos mesmo sobre caminhada, no que acessamos a portaria no intuito de apanhar a chave do apartamento, observamos que um cidadão visivelmente transtornado pressionava ao canto do balcão o gentil gerente, que por sua vez, eximindo-se da suposta culpabilidade, alegava ser impossível identificar o autor do ocorrido. Se é que houve mesmo tal situação maldosa, já que não havia motivo para assim proceder, a não ser na rotineira limpeza e higienização folhear um a um os volumes das estantes da biblioteca.
O homenzinho furioso, inconformado, queria por que queria que o pobre gerente descobrisse quem era o canalha que praticou o ato, pois sua mulher indignada, o expulsara do quarto exigindo explicações convincentes sob pena de irreversível separação, caso não fosse esclarecido aquele ato indigno e vilipendioso contra ela, o qual a deixara revoltada diante de tamanha e possível traição.
A parte, enquanto aguardava o atendimento do gerente, procuramos nos afastar indo à direção do barzinho tomar café, quando agitado o homem após socar o balcão, saiu porta afora vociferando entre impropérios, dizendo que iria a polícia dar queixa contra a atitude do hotel. Depois de saborearmos o cafezinho, retornamos à portaria na aquisição da chave, quando o aborrecido gerente, um tanto aturdido, desculpando-se, nos contou o motivo da confusão que fora envolvido.
A mulher do cidadão injuriado, como ele, frequentava também toda tarde a sala da biblioteca utilizando-se dos livros à disposição dos hóspedes. Àquela tarde, porém, a mulher resolveu apanhar o livro que o marido estava lendo: “Casais Trocados” de John Upidik, e ao folheá-lo encontrou um papel comprometedor em que o postado marcava encontro com o dito em local determinado. Indignada, retirou-se da biblioteca dirigindo-se ao quarto, onde o marido tranquilo tirava sua sesta, e, o resultado é o que esta acontecendo, o qual inocentemente tornava-se um adúltero e com isso, pego de surpresa, ainda sonolento por ser acordado debaixo de tapas e agredido com palavras da furiosa mulher , a expulsá-lo do quarto, após jogar sobre a cama o tal papel comprometedor, a exigir explicações sobre a traição. Um tanto aturdido, deixou o quarto e foi à gerência tomar satisfações e evidente a culpar o gentil gerente pelo grave problema, que o deixava sem ação junto a sua mulher. Por isso, passou a culpar o pobre do funcionário por não observar os livros expostos as estantes, a obrigar os seus serviçais quando das higienizações, a verificar se existe algo de comprometedor.
Moral da história: Se foi brincadeira de mau gosto ou não, só podemos é lamentar. Quanto a ter um cunho de verdade o fato, não saberemos. Apenas temos a dizer que sempre estaremos predispostos a momentos como este.
Ah... Esses “Turistas Azarados” quando a “sorte” os envolve em tramas pra lá de complicadas e são lançados a própria sorte, só temos a lamentar pela situação que se encontram, a qual no que pese o instante de perplexidade, não deixa de ter o seu lado pitoresco aos olhos alheios de quem os veem. Portanto, abra os olhos, porque a vítima poderá ser você...
O texto acima expressa a visão de quem o escreveu, não necessariamente a de nosso portal.
Comentários: