Acredite, mas o vaso sanitário explodiu!!
Esta crônica que transcrevo agora, já havia sido cronicada há mais de 15 anos, quando excursionamos , ainda pela empresa Soletur Turismo ( hoje já extinta) à cidade de Caldas Novas (GO), aos jornais os quais colaborávamos e ainda colaboro, como: A Notícia em São Lourenço, Panorama Regional em Miguel Pereira, entre outros, que na ocasião causaram certo reboliço e descrença no fato. Afinal como o dito vaso, que tem sua base a agua, e óbvio prioridade de ação, poderia isto acontecer?
Mas vamos ao que interessa. Curtíamos nossa viagem no confortável ônibus, cujo tempo de demora ao seu destino era por volta de quase 24 horas. Todavia, embora a viagem viesse transcorrendo dentro da normalidade, já no estado de Goiás, no início do ocaso, após pequena parada visando espairecer e claro exercitar as pernas a degustarmos ou beber qualquer coisa, ao retornarmos ao ônibus conforme chamada do nosso guia de turismo que nos acompanhava, a mencionar que esta seria última parada até o destino.
Ai então se deu o primeiro problema, o veículo não conseguia partir, por mais que o zeloso motorista tentasse não houve jeito. Passado a nós excursionistas o problema, pelo guia, foi determinado a troca do coletivo por outro vindo da empresa, não do Rio de Janeiro, mas sim de Brasília onde tem uma garagem de apoio, que iria demandar um atraso considerável à viagem.
Passavam das 21,30 quando em Sta. Cruz de Goias chegamos, onde locados a dois hotéis distribuídos, nos foi reservado ao nosso improvisado pernoite, que se daria assim que o defeito do ônibus fosse sanado, visando o nosso destino, já bem atrasado.
A recomendação a nos passada, era não trocarmos de roupa para dormir, pois tão logo o coletivo chegasse, embarcaríamos visando o nosso destino. Por volta de 1,30 horas, um estrondo abafado, como um baque surdo ecoou pelas dependências dos quartos e estreito corredor, seguido de gritos de socorro. Sonolentos, ergui-me da cama e ao abrir a porta, noto ao fundo do corredor, mesmo com pouca luminosidade uma mulher a gesticular a solicitar ajuda. Nesse instante passa apressado o vigia seguido de outro cidadão, no que aproveitei a segui-los. Lá chegando, pudemos ver sobre a cama um senhor de meia idade, que gemendo reclamava de uma queimadura na região pubiana e glútea.
‘Indagado sobre como havia então ocorrido, não respondeu e sua mulher põe-se a narrar. Dizia que pela madrugada, despertou do seu cochilo, objetivando urinar e encaminhou-se ao toalete. Após desanuviar-se, no que tentou arriar a tampa do vaso, viu duas Peri planetas (Baratas domésticas) que percorriam o vaso. Apavorada, com muito asco, imaginando que haviam tocado em seu corpo, lançou mão da bomba de flit ali existente, mas como não conseguiu acioná-la, apoderou-se da lata contendo o inseticida e despejou sobre elas no interior da privada batendo em seguida a tampa a fechar a peça.
Com o barulho, seu marido acordou e saiu em direção ao toalete, aproveitando a fazer uso do seu cigarro retirado do maço, seguido da caixa de fósforos. Nisso sua mulher deixa o reservado reclamando daquela espelunca do hotel, onde estes insetos asquerosos são vistos com frequência. Não demorou, ouviu-se o estrondo e lá estava seu marido Egberto apoiando-se a parede frente o vaso sanitário a gemer das dores que sentia.
Segundo foi dito por Egberto, assim que riscou o palito de fósforo e acendeu o maldito cigarro e abrindo as pernas lançou o mesmo no interior da privada, houve a dita explosão que em consequência, foi atendido por um médico local e removido a Santa Casa da cidade de Caldas Novas. Quanto a nós acabamos embarcados às 5,20 horas, onde o clima reinante eram as queimaduras do Egberto, a achar ”impossível tal ocorrer”, esquecendo que o inseticida é elaborado a base do petróleo. Portanto, formou-se o gás que abafado, explodiu.
Moral da história: Nada na vida da gente e impossível de não ocorrer, principalmente quando desconhecemos o teor de risco do que fazemos por atribuir que por se ter agua em abundância, tragédia como esta, não venha acontecer...
Foram cinco dias de curativos dolorosos, sem ter as aguas termais curtidas na cidade de Caldas Novas...Pois por serem quentes, ficava difícil desfrutar
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