Arthur, mais um “São Tomeziano”
Mais uma vez me sinto honrado e porque não envaidecido, pelas palavras elogiosas do nosso leitor Arthur Medeiros, o qual em um encontro casual à estação férrea de São Lourenço, oriundo de Três Corações que aqui estava para curtir o nosso Trem da Aguas e retornar a cidade que a muito não visitava. Sem evidente me conhecer, passamos a conversar e entre os assuntos focados, mencionou as crônicas que escrevo há vários anos no Correio do Papagaio, sob título da “Na Fumaça do Trem”, bem como com mais frequência pela Internet no slsãolourenço, onde procuro desenvolvê-las a tornarem-se elo de ligação de saudade entre o passado e o presente junto aqueles que pelo trem, notadamente as lendárias Marias Fumaça, tiveram parte da vida integrado a esse tipo de transporte.
Seu Arthur, me passou, não que se fazia descrente ou mesmo teria dúvidas sobre a veracidade dos episódios, dando uma de São Tomeziano, mas sim no que questionava pelo quantitativo dos fatos descritos, atribuindo que boa parte seria pura imaginação ou mesmo criatividade. Pensando bem não tirei sua razão, talvez pensasse igual se eu não me conhecesse. Afinal são anos de pesquisas dedicadas a esta coletânea, aonde pacientemente e com sorte, venho garimpando relatos que me são contados, passados, por ex- ferroviários, amigos de amigos, enfim uma gama de incógnitos narradores, que de alguma forma vieram engrandecer meu belo acervo, os quais através de sínteses rascunhadas transformam-nas posteriormente, ai sim, com um pouco e criatividade, nas crônicas aos jornais que me cedem seus espaços. Hoje este acervo possui catalogadas 684, sendo apenas publicadas 315.
A propósito, este seu questionamento me fez recordar, quando numa ocasião participávamos do passeio turístico no trem a vapor de Paraíba do Sul (RJ) -- Este trem foi desativado algum tempo -- de um cidadão que ao nosso lado em conversa, tecia comentários ao trem, na iniciativa em trazê-lo de volta aos trilhos. Entre trocas de prosas, fez alusão as histórias escritas por um cronista -- mostrou-me, desdobrando o jornal regional a página onde se localizava a coluna “Na Fumaça do Trem”, as quais a deixava em dúvida quanto a veracidade da narrativa e, dita por ele em outra crônicas, que tudo que é escrito é baseado na pura verdade, -- Abrindo e desfolhando o seu jornal, mostrou-me a crônica dando como exemplo com o título: “A culpa foi do capeta”. Continuando na crítica, revelou que gostaria de conhecer o cronista, pois tinha um caso a narrá-lo, ai sim, uma passagem de verdade que ocorreu com seu finado avô, quando fazendeiro à localidade de Morro Azul (RJ) distrito de Vassouras, em que tinha pelo trem sua locomoção periódica enquanto viveu.
Retirando do bolso minha carteira de colaborador daquele jornal há vários anos, lhe mostrei a identificação, no que ao lê-la espantou-se a dizer: -- Então você é o autor das crônicas ? Respondendo afirmativamente, me pus à disposição a ouvir sua história.
Um tanto envergonhado e ruborizado se desculpando pelas dúvidas concernentes, se pois a contar- me seu episódio o qual o fiz em duas a quatro semanas, onde fez questão de me agradecer encaminhando ao jornal na época telegrama de agradecimento.
A propósito, naquele dia do nosso encontro, fez questão de pedir meu autógrafo, que o fiz ao pé da crônica, com dedicatória o intitulando como meu São Tomeziano
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