As feministas e suas igualdades
No hotel o qual optamos permanecer à cidade de São Joaquim, SC, no que pese estivéssemos fora de temporada de inverno, encontrava-se literalmente ocupado. Todavia o que nos causou estranheza, foi o número destacado de mulheres presente. Indagando do gerente o porquê, nos passou que era uma reunião anual de feministas, que ali vinha sendo realizada. Lógico que aquela movimentação nos deixou curiosos e ao mesmo tempo meio deslocados, me sentindo fora do ninho diante do mulheril de idades variadas de jovens e octogenárias.
À manhã do domingo, com o refeitório mais parecendo uma “praça de peixes”, só diferenciando-se pelo perfumoso odor excessivo, como uma perfumaria fosse, um grupo de mulheres destacava-se pela euforia, pois apressava-se em ingerir o desjejum, dada a excursão que fora programada, no que ficamos a saber, cujo ônibus luxuoso na rua as aguardava.
Na porta do hotel enquanto esperava por minha mulher, observava o reboliço do embarque das feministas entre histéricas e efusivas demonstrações de alegria. Finalmente o veículo se completou com a entrada do motorista, que por coincidência ou talvez por delicadeza da empresa promotora, era uma motorista. Fechada à porta, motor acionado... E nada de partir!
À calçada entre acenos frenéticos, gestos e adeusinhos, algumas companheiras permaneciam, enquanto outras já se retiravam, quando a porta se abriu e descem cinco mulheres visivelmente aborrecidas a gesticularem, juntando-se as colegas que à calçada ainda permaneciam, ficando a tagarelar. Outras que já haviam retornado ao hotel voltam-se apreensivas, a integrarem-se ao grupo que assuntava à rua engrossada pelas que também deixavam o veículo.
Criada a “fofoca”, curioso me aproximei visando “bisbilhotar”. Nisso uma das desembarcadas me abordou, indagando se era possível viajar tranquila, sabendo que estava sendo o ônibus conduzido por uma mulher. Sorrindo, dei de ombro meneando a cabeça e a respondi, já perguntando, se os direitos e espaços não seriam iguais, e então, qual seria o problema pelo temor. Preconceito?
Carrancuda, num rompante me deu as costas sem nada dizer, indo se unir as dondocas que se desentendiam divididas, enquanto a motorista sem ser percebida se chega a perguntar-me de onde saiu tanta mulher e o que faziam ali ao invés de estar cuidando de casa, marido e filhos?
Moral da história: Tese, teorias e conceitos de igualdade, às vezes quando postos a prova, nem sempre prevalecem diante de uma realidade mesmo irreal...
Ah... Essas “turistas ditas feministas” quando se veem diante de momentos que abalam seus conceitos de segurança e as fazem retornar a “submissão feminina”, são de fato bastante pitorescas ao recuarem nas suas “conquistas pela igualdade”... Pelo menos foi o que nos demonstraram naquela atitude a deixar o ônibus, cuja condução seria efetuada, seja você, por uma mulher!!
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