Atrás de uma cefalalgia...Sempre vem a dor de cabeça.
A temporada das férias de julho naquele hotel fazenda em Águas de Lindóia, mostrava-se bem concorrida de turistas, que ávidos tentavam desfrutar, não só das delícias que eram proporcionadas, mas óbvio refazerem as forças e energias pela labuta estafante do trabalho ao longo do ano.
Já no primeiro dia, após nos deliciarmos com o tímido, porém gostoso sol e a brisa de inverno através das trilhas e caminhos percorrido pela mata fronteiriça, retornamos aos jardins do hotel, onde num dos banco ali existentes, permanecemos sob o tênue sol de fim de tarde, a curtir a exuberante paisagem que descortinávamos a nossa frente.
Com o ocaso se evidenciando, o frio começava a incomodar. O que nos levou ao interior do hotel e posicionássemos numa das mesinhas do barzinho. O local por sinal encontrava-se bem aconchegante dada à presença de várias pessoas a conversar entre cafés, chás e chocolates degustados. “Nisso um grupo de quatro cidadãos de meia idade, três jovens adolescentes, oriundos da quadra de voleibol, mostrando-se extenuados, saciava através de cervejas e refrigerantes a sede, “quando um dos coroas” em tom de voz talvez de gozação, perguntou a um dos jovens pelo pai. Outro amigo com ares de seriedade, diz que o mesmo havia se recolhido, pois se apresentava em estado preocupante de “Astenia e Mialgia”, depois da refrega esportiva do dia. Entretanto, dada a seriedade exposta à narrativa do cidadão, o garoto atento e preocupado com o pai, indaga se isso era grave: – Claro foi à resposta.” É conveniente que fique a repousar e nada de boliche hoje à noite, já que o caso inspira cuidados. Ingerindo o final do refrigerante, sem nada dizer, o jovem afastou-se levando consigo um ar de preocupação, não querendo demonstrar aos amigos que compunham a rodada ali no barzinho do hotel que mantinha-se tomado pelo receio de algo preocupante.
A noite estávamos a papear numa roda de pessoas, quando chega um cidadão a cumprimentar a todos e, dirigindo-se ao homem que havia conversado à tarde com o seu filho no bar, sem mais nem menos o agride com palavras e palavrões, dizendo que estava muito bem de saúde e que não sofria dos males que havia inventado ao filho, os tais de Astenia e Mialgia. Ele é que deveria ir para o sanatório, lugar de Astênico e Mialgico. Perplexo e surpreso, o agredido sorrindo um tanto amarelo, sem argumento, lhe pede desculpas pelo lamentável equívoco e brincadeira, e o pergunta, se aceitaria uma partida de boliche. O agressor mais calmo, diz que aceitaria, mas só no dia seguinte, pois hoje estava com o corpo cansado e cheio de moleza e desânimo, com os músculos das pernas doídos pela faina esportiva que empreendera no dia de hoje.
Moral da história: Nunca devemos tomar uma atitude precipitada, sem antes ter certeza daquilo que nos é passado, ou dito. “Do contrário, ficamos com uma “doída” cefalalgia” pelo desconhecimento, no caso em questão, da terminologia médica.
Ah... Esses turistas encapados de sabichões, quando se mostram o quanto são desconhecedor até mesmo nas coisas corriqueiras, e tentam se impor pela agressividade seus “conhecimentos” através do machismo, são de fato umas “figuraças” e autênticos contumazes pela moleza mental vivenciada, e nos presenteiam com cenas pra lá de pitorescas, que certamente não trariam dores de cabeças
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