Coisas que parecem mentiras... Mas são verdades.
Esta crônica foi baseada na versão de um amigo, cujo contexto custou a crer, mas que tempos depois ocorreu comigo, quase idêntica situação no aeroporto de São Paulo, apenas diferenciado por se tratar não de político, mas sim uma importante figura “global”, onde consegui impor meus direitos e obtive sucesso.
Contava o amigo, que retornava de uma excursão procedente de Manaus, através de empresa promotora destes eventos turísticos, composta de 18 pessoas, que haviam desfrutado de maravilhosa região da floresta amazônica. Infelizmente, todos sabem, que o nosso transporte aéreo sempre estará sujeito a dificuldades e contratempos, o que nos leva, irremediavelmente, a nos obrigar a aceitá-los.
Segundo ele, o voo previamente marcado pelo pacote turístico, determinava o embarque, cuja aeronave seria procedente de Fortaleza via Manaus em escala até Brasília. Embarcaram após as providências de praxe e dentro do horário levantaram voo ao anoitecer. Ao pousarem em Brasília, após um voo tranquilo até então, foram surpreendidos pelo aviso do comandante da aeronave, que devido a problemas técnicos, o avião não seguiria o seu destino, fazendo com isso que desembarcassem e aguardasse informações junto ao balcão da empresa.
Em terra firma, o Guia responsável pelo grupo, dirigiu-se conforme às orientações recebidas e os procedimentos legais o foi apresentado, já que outra conexão não havia como proceder, e a Cia. Solicitava aos passageiros que se encaminhassem ao hotel por ela indicado, pois teriam pernoite em Brasília.
Na manhã seguinte já no aeroporto, o grupo reunido aguardava a chamada para o voo, quando o Guia se chegou trazendo a listagem fornecida pela empresa, a proceder a chamada nominal dos passageiros ( coisa parecida com alunos de colégio ao entrar às salas de aulas). Então se deu a encrenca, pois o nome do nosso amigo, mesmo tratando-se de um nome “sui gener” Adnilo (Olinda ao contrário), não constava na lista fornecida pela Cia. E sim a inclusão de outro nome, que para o Guia, desconhecido. Com o impasse, o responsável pelo balcão de “check-in”, solicitou do funcionário a ir ate a aeronave, tendo em vista do tal cidadão já ter embarcado e solicitasse sua presença no balcão. Em menos de cinco minutos, retornou a moça acompanhada de um cidadão, elegantemente trajado dentro do seu terno bem recortado, portando uma pasta 007, que ao chegar de forma arrogante foi logo perguntando: -- Qual é o problema e Porque tenho que aqui ser deslocado do avião a comparecer ? Sou deputado Fulano de tal, (reservo-me em declinar seu nome) e tenho pressa em chegar as minhas bases. O responsável pela empresa aérea o pede desculpas, mas o nega embarcar naquele avião. O homem se mostrando enfurecido, aos brados retruca a negativa a dizer que possui prerrogativas legais parlamentares e imunidades e iria embarcar de qualquer maneira. Mantendo-se firme em sua posição, o agente da Cia. Aérea mandou que eu entrasse objetivando ao voo. O “parlamentar” mostrando-se possesso, esbravejando, tentou retornar ao avião, mas foi impedido de seguir pela segurança do aeroporto até então solicitada. E assim, Adnilo terminou seu turismo nos contando sua aventura junto a um medíocre e beócio deputado. Onde o acredito por ter um episódio semelhante também em São Paulo, só que junto a um prepotente Global, que tive os meus direitos atendidos e preservados.
Moral da história: O poder neste país, já teve sua época, embora os homens que dele se investem nos dias de hoje, ainda tentam recrudescê-lo, tal à sedução que os fascina, por se sentirem “poderosos” dados aos cargos que ocupam e dispõe.
Ah... Esses políticos que possuem suas prepotências, assim como outros tipos de ditos importantes, só por fazer parte de um “circo globalizado”, a julgar-se com reis na barriga, quando um simples espírito de porco atravessa suas arrogâncias, não passam de uns abjetos de pessoas...
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