Cuidado moça, observe antes...
Em meio à tarde, caminhava pela av. Pedro II em direção ao banco, e me chamava a atenção a quantidade de transeuntes existentes a olhar as vitrines, cujos artigos e produtos ali expostos, bem convidativos, faziam com que as pessoas parassem a apreciá-los. Talvez a mostrar algum interesse na aquisição.
Assim seguia o meu caminho, quando ao passar por uma loja de sapatos, parei visando apreciar a infinidade de modelos expostos, em especial tênis e ali permaneci por alguns minutos. Sem que observasse, pelo reflexo da imagem da vitrine, notei que uma jovem mulher também passava a olhar os modelos e virando-se a mim, proferiu: -- Puxa, como estão caros este ano os tênis.
No instante que iria responder, pairou no ar um odor desagradável produzido por alguém que por ali tenha deixado o seu “vestígio” pela flatulência escapada no alívio intestinal. Mesmo diante do peido, cuja jovem abanando o nariz expunha toda sua contrariedade pela falta de educação, a respondi aceitando seu comentário sobre a carestia dos tênis. Virando as costas, lá se foi a jovem elegante e eu ainda permaneci no local por mais algum tempo.
Na caminhada, aquele “peido” ficou matutando na minha consciência, achando que ela havia atribuído que eu fora o autor do “peido fedorento”, a me classificar de porcalhão e mal educado, saindo de forma abrupta deixou o local.
Finalmente depois de um copo de agua de coco, cheguei ao banco e recorri ao caixa eletrônico do canto ao lado de um console, onde por hábito faço o uso. De súbito, ali entretido ao silêncio, pois pela hora não mais seguranças estavam, portando o salão dos caixas encontrava-se vazio, escuto um barulho, que parecia flatulência. Virei à cabeça e deparo com aquela jovem elegante da vitrine do tênis. Não tardou, mais peidos surgiram que vieram acompanhados daquele odor característico, sentido durante a apreciação na vitrine. Sem dúvida que foi a tal jovem elegante que “peidou” no nosso encontro à vitrine da sapataria, que eu fiquei a matutar que fora o autor do despejo do aroma dos seus dejetos intestinais.
Ao deixar o caixa em direção à rua, a jovem também tem a mesma atitude, mas só que ao se deparar comigo, esboçou um sorriso amarelo, colocando a bolsa a tira colo, enquanto eu à porta guardava na carteira o dinheiro sacado. Ao passar por mim, cumprimentou-me num boa noite, onde olhando o relógio retruquei, dizendo que ainda são 16,20,portanto boa tarde. Virando-se, retificou o cumprimento se desculpando, falou um tanto sorridente -- Já adquiri na drogaria o Luftal ...
*LUFTAL Droga farmacológica cuja finalidade terapêutica é de conter os gases intestinais...
Comentários: