Desculpe, mas defeitos ocorrem.
Deixávamos a monumental Basílica de N.S. Aparecida após reverenciarmos e agradecer em oração as graças e proteção a nós concedidos, já caminhando em direção ao também grandioso shopping, resolvi recorrer ao caixa eletrônico do BB. Ao aproximarmos do equipamento, observei que uma aglomeração de pessoas se concentrava junto à cabine bancária, em que se via além de seguranças do local, policiais militares e civis, o que me fez crer e logo imaginar em assalto ou roubo.
Juntamo-nos ao grupo, procurando integrar do ocorrido e, um dos seguranças do local, me informou que a máquina estava interditada, pois dizia reter as cédulas, segundo a versão do cidadão ali presente, que bastante furioso a gesticular com os policiais, que poderiam achá-lo um farsante em alegar a falta do seu dinheiro, já que a operação por ele executada, constava como concluída, comprovada pelo comprovante de lançamento da operação extraída por ele ao caixa eletrônico. Só que afirmava não ter a importância recebida da máquina.
Diante do “calote eletrônico”, comprovado pelo extrato comprovante extraído da máquina, procurou a administração, que nada poderia fazer a não ser acionar a agência bancária responsável . O que ocorreu uma hora depois a deixar o pobre do turista possesso, pois tinha um compromisso em Guaratinguetá.
Constatado pelo representante do banco que o equipamento estava em perfeitas condições, portanto recusava-se aceitar a reclamação, desconfiado, acionou as polícias. Com a chegada da PM e logo depois dos civis, que levados pelas prepotências e arrogâncias a tratarem o infeliz turista como um marginal – no que foram contestados -, por um detetive mais moderado, a solicitar do bancário a contagem do dinheiro à máquina. Mas como o equipamento só pode ser aberto pela transportadora de valores , então foi providenciada a presença do representante com mais uma hora de espera. Na chegada de dois contadores , foi providenciada a contagem em quase 40 minutos a ser concluída. Foi constatado que o turista tinha razão, pois existia um saldo excedente em R$ 50,00 a favor da máquina. Não se conformando, o bancário entrou à cabine e com os dois contadores, verificaram que a cédula de R$50,00 havia ficado presa numa das polias. Sobre pedido de desculpas, o bancário lamentava o ocorrido após a entrega da cédula ao turista. Contrariado, aceitou as desculpas embora aborrecido por ter permanecido mais de 3 horas ali e submetido ao vexame de ser um golpista, 171, farsante em detrimento da sua honradez. Só que os policiais civis, solicitaram sua presença à delegacia, onde o bancário seria obrigado a retirar a queixa a dar o caso como encerrado, já que BO foi passado como suspeita de crime.
Indignado, o prejudicado e sofrido cidadão, afinal apenas reclamava por seu dinheiro, se negou a acompanhá-los, no que foi obrigado a “cumprir a lei” sob pena de prisão por desacato as “autoridades” em negar-se a comparecer, quando na verdade quem teria de fazê-lo, óbvio, seria o bancário por denuncia insana e caluniosa...
Moral da história: Ao ponto que chegamos, em que um equipamento merece mais confiabilidade...
Ah... Nós Turistas e cidadãos que pautamos nossas vidas pela dignidade e retidão e que temos essa retidão aviltada a ponto de considerarem inferiorizados perante a sociedade como um todo, lamentamos, mas não passamos se uns eternos pitorescos ao ser obrigados a nos curvar diante de um poder descriminado, onde “manda quem pode e acata quem tem juízo”...
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