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Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025
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Dois morcegos e uma "morcegada"

A culpa foram as maçãs...

José Luiz Ayres
Por José Luiz Ayres
Dois morcegos e uma
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Dois morcegos e uma morcegada

 

Numa ocasião, desfrutávamos do aprazível Hotel Fazenda Raposo, à cidade hidromineral de Raposo, RJ, ao norte fluminense, cujo atrativo maior além das águas de excelente qualidade, é o comércio artesanal de lingeries e roupas de linho muito procuradas pelos ditos “sacoleiros”, quando tivemos o desprazer de presenciar um episódio atípico aos padrões habituais na desavença entre casais.

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Ao chegarmos para o desjejum matinal, uma mulher a qual fizemos amizade durante os dias que lá estivemos um tanto magoada, triste e bastante envergonhada, nos solicitou ajuda a fim de que tentássemos contornar o drama que passou a viver. Conduzindo-nos à varanda, pôs-se a narrar.

“Eu no início da noite, quando após o banho e deixar o banheiro à direção do quarto e, desenrolar a toalha a volta do corpo e abaixar-me no intuito de ligar o secador de cabelo sobre a cama, ouço um ruído seguido de um sopro, que me fez de imediato erguer a cabeça. Apavorei-me ao deparar com dois enormes morcegos voando de um lado para o outro, em voos rasantes. Assustadíssima, me pus de joelhos ao chão e, engatinhando, me arrastei apavorada a porta, no intuito de acessar ao corredor. externo  Só que ao me aproximar do frigobar, me vi em desespero, ao observar que um dos quirópteros, posado sobre a geladeira, devorava uma das maçãs que havia deixado. De súbito, alçando voo deixou o local e pude seguir o meu objetivo em atingir a porta. Entretanto, ao tentar girar a maçaneta, sinto o ruído  seguido de um toque nos meus cabelos, que me levou a gritar por socorro  .Evidentemente, em total pavor,  descontrolada e impulsionada pelo medo, acionei a maçaneta e a porta se abriu, onde num rompante atingi o corredor externo, livrando-me do ataque das criaturas vampirescas. Aliviada, ergui, pondo-me de pé, no que veio a fazer com que me tocasse, pois me encontrava totalmente nua. Preocupada, desatinada, já que novo problema surgiu, resolvi voltar ao quarto e enfrentar os morcegos. Porém, ao girar a maçaneta, a porta não se abriu. Estava trancada e por mais que forçasse não consegui êxito, já que a tranca interna fora por mim acionada. Aflita, saí em busca alguma porta que estivesse aberta, quando ouvi movimento à escada.

 

Apavorada acionei a fechadura de uma porta, que por Deus se abriu e eu entrei. No interior do quarto, chamei por alguém e não obtive resposta. Caminhei então pelo lavabo e visualizei  sobre a cama uma  toalha, a qual me utilizei enrolando-me. Só que mais tranquila, observei  que havia luz no banheiro e barulho de chuveiro.  Mais que depressa retornei e quando coloquei a mão à maçaneta, a porta escancarou-se entrando uma mulher, que se espantando, perplexa e interrogativa vociferou:- Que significa isso?

 

Tentando me explicar, a mesma furiosa passou a me agredir violentamente com tapas, socos e palavras impublicáveis. Defendendo-me e óbvio desarticulada, pedia calma, quando um homem, nu e molhado, se chega e põe-se a nos separar, que por sua vez passa a ser agredido pela ensandecida mulher. Aproveitando-me do momento, sai porta a fora descendo a escada, indo solicitar da portaria a duplicata da chave. Mais que depressa retornei ao quarto, onde podia ouvir ainda o falatório acalorado entre o casal no seu quarto, Abrindo a porta apreensiva e receosa, felizmente os quirópteros já não estavam mais, pois saíram pela janela que inadvertidamente havia deixado aberta, sem que imaginasse que fossem atraídos pelo aroma das maçãs!”

 

Por isso procurei vocês, visando me ajudar a sair dessa “morcegada” que aprontei, a qual estou me sentindo moralmente arrasada por causar esta complicada situação.

 

 

Moral da história: o casal deixou o hotel àquela manhã, reclamando sobre a frequência e a acolhida dada aos seus hóspedes, a aceitar qualquer tipo de gente em suas dependências.

 

Ah... Esses turistas precipitados  quando se veem envolvidos por situações que fogem as suas tolerâncias e se mostram intransigentes, são de fato muito pitorescos...Mas já se imaginou, sendo uma das participantes  desta crônica, qual seria sua reação e atitude. Respeitaria o pobre  do seu marido que entrou de gaiato e pagou o pato ?

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