A tradição da Festa de Agosto será quebrada este ano. Não terá fogos de artifício. O prefeito Leonardo Sanches resolveu usar o decreto emitido pela ex-prefeita, Célia Cavalcante, para justificar a decisão. A regulamentação feita pelo decreto diverge da fama de fogueteiro do ex-prefeito e marido dela, o Tenório Cavalcante. Para ele tudo era motivo para iluminar o céu e fazer muito barulho, sem se preocupar com os animaizinhos, enfermos e muito menos com os gastos públicos. Assim foi na posse da primeira prefeita.
A ex-prefeita, que editou o decreto no dia 30 de junho de 2017, também não se preocupou com as questões elencadas que justificaram a determinação dela e, muito menos, com as promessas dos aliados, manteve a tradição. Na noite do padroeiro, 10 de agosto do mesmo ano, o ex-prefeito curtia a festa de agosto lá nos camarotes e os fogos estouravam um a um no fundo da Ilha Antônio Dutra. O show, que já falava de amor, parou para a queima de fogos. O céu iluminado inspirava os casais apaixonados.
Na hora do bem bom ninguém vai lembrar do ex-prefeito pela sua fama de fogueteiro e nem da ex-prefeita, que justificou sua canetada, em primeiro lugar, ao bem-estar dos animais de audição sensível. O (s) vereadores (s) que quiseram limitar a festa de 10 para oito ou cinco dias, se não fosse a Boca no Trombone da população, também não serão lembrados.
Na nota oficial enviada pela Assessoria de Comunicação da prefeitura, o prefeito, que era vice da ex-prefeita, esposa do ex-prefeito fogueteiro, deu três motivos para utilizar o decreto Nº 6.517/2017. O primeiro é “respeitar e poupar doentes, enfermos e também os animais que sofrem com o barulho”, como se todos os dias houvessem queima de fogos, foguetes, rojões, etc. na cidade. O segundo grande argumento é a economia de mais de R$ 30 mil reais na compra dos fogos, que obviamente, seriam comprados com o dinheiro dos impostos que pagamos.
A nós meros mortais, que somos obrigados a comparecer nas urnas de dois em dois anos, nos resta apenas esperar ou sugerir, uma vez que ainda temos esse direito, que esse recurso economizado não deixe de ser gasto, mas utilizado em investimentos de campanhas de conscientização e segurança. Segurança que será proporcionada com a fiscalização da circulação de bicicletas nas calçadas, calçadões e praças, que colocam em risco e machucam nossas crianças e idosos.
Aos que esperam uma festa de Reveillon no dia 31 de dezembro, sentem. Pelo visto, a passagem do ano não será comemorada com fogos para economizar mais R$ 30 mil, não perturbar e poupar os enfermos e os animais de audição sensível. A festa também pode estar na lista de cortes. Se não houver fogos no Reivellon, ainda resta, para quem gosta do show pirotécnico, a queima realizada na Avenida Getúlio Vargas. Mesmo do lado de fora e do outro lado da rua dá para ver.
Um nobre edil certa vez disse em tribuna “Ai que saudade do Zé!”. O Zé, Pai Zé, que não é pai do referido edil, manteve a tradição. O pai, que por questão de ordem e com todas as venias, não alimenta seus filhos com achocolatado e leite em pó. Chop, nem pensar na dieta da família. Cumprimentos a futebolistas, sua prole não faz. Passada a ressaca da noite do padroeiro, a população dirá “Ai que saudade do Tenório!”. Dia 10 de agosto tem que ter show gratuito e fogos de artifício.
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