E conseguiram frustrar a pescaria...
Não que eu queira me mostrar ser uma pessoa diferente de possível grupo, de outras, que venham demonstrar pelo procedimento exposto, principalmente no âmbito do turismo, que não farão ou fariam parte do meu convívio, pela forma de ser, em que desconhecem saber o que venha ser o respeito e a educação. Mas confesso que tive o desprazer em conviver, numa oportunidade, quando nos encontrávamos hospedados num dos hotéis à cidade de São Fidélis, RJ, que na realidade acabou se tornando num episódio de hilariante humor.
Este dito grupo de turistas, no dia anterior a nossa chegada, veio a se hospedar no hotel e como tal composto de umas vinte pessoas em cinco automóveis. Em princípio, achamos o grupo até um tanto simpático, no que pese o falatório exposto em suas conversas às dependências do hotel e área de lazer como as piscinas e quadras poliesportivas a disposição, salão de jogos, sinucas, etc... Enfim, o comportamento estava sendo até contrário as nossas “previsões,” onde demos a mão à palmatória por nos acharmos uns idiotas.
O dia começava a dar os primeiros sinais de nascimento, demonstrando que o alvorecer não tardaria a chegar. A brisa fria reinante cortava nossos narizes e orelhas e aquele grupo animado de turistas à frente do hotel, preparava-se de forma um tanto ruidosa para sair, não dando à mínima importância a gélida temperatura ambiental, como principalmente ao respeito à lei do silêncio. O destino daquela algazarra, segundo passamos, a saber, era uma organizada pescaria a ser efetuada pelo afluente do rio Paraíba do Sul, conhecido como rio do Colégio, cujo ponto de referência distava em 22km do hotel. Os cinco automóveis, sendo que um deles, o responsável, foi conduzindo os outros. Tudo arrumado aos veículos, os apetrechos de pesca, caniços, molinetes, latas com minhocas, garrafas térmicas, de bebidas como cervejas e aguardente, agasalhos, enfim tudo que teriam direito visando uma permanência alongada na grande aventura. Partiram pouco antes das 5,15 horas, com a surpresa do vigia do hotel a tentar alcança-los a pararem, o que não houve o êxito dado a disparada com que acionaram os veículos.
Depois de cumprirem os 22km de estrada até o ponto previsto, levar a matulagem às costas morro acima em caminhada em mais de 30 minutos a ao local pelo “guia ”determinado as margens do rio do Colégio, se instalarem na área, providenciar a limpeza do mato, preparam os apetrechos visando o lazer da pescaria onde mal o dia começava, alguém indagou que não via algo, que alias era o mais importante de tudo, ou seja; A saca onde estavam os anzóis! Já que sem eles, o que fazer?
Regressaram imediatamente aos carros estacionados mais ou menos há um Km, após vasculharem tudo, procurarem incessantemente em toda proximidade, pelo caminho, pelas margens do rio, chegam à conclusão que só poderia ter sido deixada na porta o hotel, o que fizeram após arrumarem toda a quinquilharia que haviam trazido para aquele esperado lazer... Ao chegar ao hotel, já passando das 10 horas e após desfazerem as “malas dos carros” e cada um carregando seus equipamentos, ao cruzarem à portaria, são notificados pelo porteiro, que havia uma encomenda a ser entregue, deixada pelo vigia da noite destinada a um de vocês. Ao verificar o conteúdo, era a saca de lona preta, a qual guardava nada mais, não menos que os “malditos anzóis”.
Moral da história: Mesmo quando estamos desfrutando do lazer, devemos dar a mesma importância também neste trabalho prazeroso, assim como no respeito ao semelhante, quando o executamos. Sem o que estaremos fugindo a nossa responsabilidade de dignos cidadãos... Que achamos ser.
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