E o “corona” me derrubou...
Não, não é o que vocês estão pensando, é sim uma das suas possíveis consequências, que nós, os “coroas”, estamos sujeitos a ocorrer, na briosa tentativa de superar esta angustia e o consequente tédio de um confinamento que nos é imposto pelos doutos da medicina mundial e as autoridades governamentais, a nos colocar nesta dita faixa de fator de risco por estarmos com mais de 60 anos de vida.
Pela TV, que já saturados de tantas notícias desalentadoras, a nos mostrar o que vem ocorrendo pelo mundo, e como não bastasse à picuinha entre as autoridades constituídas, passei a me utilizar do notebook e desenvolver minhas crônicas, cujo teor costuma me trazer um pouco de tranquilidade. Mas infelizmente, levado pela suposta e imposta ociosidade desses dias de confinamento forçado, pelo natural receio, diga-se de passagem, que aqui em São Lourenço o corona vem perdendo até para a dengue por lavada, resolvi aceitar por informação de amigo e também ver uma pessoa utilizando-se da prática de movimentar-se dentro do apartamento, andando pelos cômodos e corredores, coisa que sempre fiz antes dessa pandemia pelas ruas e avenidas da cidade. Hoje animado, depois do desjejum e proceder aos trabalhos domésticos que me cabem na nossa luta diária de divisões de tarefas. Pus-me então a promover a “dita caminhada doméstica”. Entretanto, como não calculo os metros a caminhar, optei na contagem dos passos.
Lá estava eu nas passadas a desviar de móveis, consoles, poltronas, estantes, mesas de TV, penteadeiras e outros tantos objetos no caminho, quando ia atingir exatamente o ducentésimo passo, minha mulher me chamou e, ao dar uma parada perguntando o que queria, continuei a caminhar e a retomar os passos a pular o banquinho de apoio, a sandália saiu do dedão encachando-se no tapete sob a mesa de centro a me prender no seguimento a me impulsionar pra frente, a me lançar sem que pudesse me segurar ou apoiar em qualquer coisa e fui ao chão, evitando que fosse de contra a avantajada TV. Me jogando ao lado depois de colidir o joelho com a pesada mesa de centro, com fortes dores no joelho direito, que também um pouco abaixo, já na canela, esfolado a sangrar se fazia arder e pulso da mão esquerda a incomodar. Nisso pelo barulho provocado, minha mulher correr para ver o era o problema e dá comigo caído, evidente espantado, a dizer que o “virus” tinha me derrubado. Caindo na risada, os dois ali a nos olharmos, afinal entre mortos e feridos salvaram-se todos, erguendo-me com certa dificuldade, fomos providenciar os curativos, que mesmo sob risadas se saiu a contendo.
Depois dessa, o remédio é continuar nosso suplício e aguardar que este “animalzinho” perverso, nos deixe em paz. Boa quarentena a todos e dentro do possível Boa Pascoa!
Fica aqui o lembrete: Tenha paciência e não se deixe levar por caminhadas domésticas, pois pouco representarão e podem ter consequências desastrosas...
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