E o sol voltou a brilhar!
Vinhamos de longa viagem, quando optamos em aportar alguns dias à cidade de Visconde de Mauá, RJ, objetivando não só um pequeno relax, como revigorar as forças naquele deslumbrante recanto encravado ao maciço da Mantiqueira.
Instalados em confortável hotel, apos almoçar, saímos a caminhar. Ao cruzarmos a portaria, um casal junto ao balcão, nos despertou curiosidade pela visual diferença física acentuada entre ambos. Ele um senhor de estatura mediana, cabeça quase branca já demonstrando um tanto “usado” de visível aparência pra lá de sessentona; ela uma bela e atraente mulher bem fogosa e morena de cabelos bem tratados e longos, alta de corpo escultural, delineado pelo ousado traje numa mini saia que deixava à mostra pernas torneadas, que bem demonstravam o quanto de sexualidade possuía.
Com a convivência no hotel pudemos observar que o casal, principalmente a mulher, havia roubado a cena pelas conversas, comentários e fuxicos desvairados ouvidos aos quatro cantos. Mormente esta confirmação se fazia presente durante à permanência deles à piscina, pelos sumaríssimos e ousados biquínis e seus beijos e abraços se tornavam “prato cheio” às fofoqueiras despeitadas que não tiravam os olhos do casal e a observarem seus respectivos maridos nos comportamentos. Numa tarde, como de hábito, a bela morena dirigia-se a sauna, que àquela hora se mantinha deserta. Porém, por coincidência ou não, não sabemos por que motivo, um grupo de dondocas logo a seguir, resolveu também fazer sauna. Nós que costumávamos curtir à tarde sobre sombras dos floridos bougaivilles, que observávamos a mulher toda tarde caminhar sozinha, estranhamos à presença daquele grupo em caminho da sauna. Não demorou, ouvimos uma agitação vinda do interior da sauna. Dando talvez de abelhudos, mas curiosos, resolvemos nos aproximar, quando uma das mulheres sorrindo, aos nos ver, vociferou: - “A gostosona não é uma mulher, mas sim um travesti, uma bichona descarada! E não pode frequentar a nossa sauna. Vou pedir providências!” Satisfeita e feliz da vida, foi em direção à gerência. Afinal a ofuscação de sua feminilidade tinha se encerrado. Só que se esqueceram de que o mesmo conseguiu invejá-las e deixá-las inseguras junto aos seus parceiros, pois o medo rondava suas cabeças bem nubladas.
Moral da história: Ofuscar a vaidade feminina, é o mesmo que mexer em casa de marimbondo, pois elas viram bichos, mesmo que a “ofuscante rival” seja um transexual... Como são hoje conhecidos, sobre pena de sermos presos por discriminação a intitularmos com outros pejorativos.
Ah... Estas “turistas ofuscadas” quando se tornam obscurecidas diante de pretensa rival que lhes rouba a cena e se unem partindo à guerra revelando o quanto de pitorescas são, a chegar na baixaria só para verem o sol voltar a brilhar na sua praia...Mas que tiveram de se render pela presença daquela criatura que as incomodaram. Isto não teve dúvida, a torná-las bem pitorescas...Diante de uma rivalidade
O texto acima expressa a visão de quem o escreveu, não necessariamente a de nosso portal.
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