Hermogem, o libanês mulherengo...
Hermogem era um dos inúmeros caixeiros viajantes, que devido sua profissão, frequentava sempre as estações ferroviárias a atenderem suas praças comerciais. Portanto sua presença tornava-se comum as pessoas ligadas não só as ferrovias, como de um modo geral aos frequentadores e usuários dos trens. Óbvio que isto o fazia conhecido junto a muita gente e, evidentemente por ser uma pessoa muito falante e ter na conversa sua característica de bom papo, a narrar episódios os quais teve participações ativas, quase na totalidade, acabou se tornando pessoa de assuntos duvidosos, pelo menos é o que dizia seu Isidoro, o chefe de estação de Ubá, (MG).
Certa ocasião, Luiz ao desembarcar em Ubá, oriundo de Cruzeiro, foi abordado por seu Isidoro, procurando saber se por acaso vi por esses dias, o Hermogem, pois aquela mulher ali encostada o esta procurando, com certa aflição ou talvez chateada e por mais que indague sobre em ajuda-la,, se nega a comentar o problema. mesmo dizendo que se preciso for, permanecerá ali aguardando pelo Hermogem. Dois dias depois, Luiz ao chegar a plataforma de Rio Pomba, encontra no quiosque saboreando seu café com bolo de milho, o libanês Hermogem. Tocando no seu ombro, comenta sobre a presença de uma mulher que o aguarda em Ubá e segundo seu Isidoro chefe da estação, alguns dias e mostrava-se bem carrancuda. Hermogem, mostrando-se um tanto cabreiro, indagou de Luiz se ela falou sobre o assunto que tanto queria sua presença. Claro que Luiz negou qualquer informação, vez que não esteve pessoalmente com a mulher. Apenas o estava transmitindo o recado do seu Isidoro.
Retirando seu chapéu da cabeça, passou o lenço sobre a calva, respirou fundo e passou a narrar a Luiz o que pareceu a princípio um caso meio complicado, pois ela vinha tentando receber dele o dinheiro que a prometeu, dizendo para adquirir os móveis de quarto na cidade de Ubá na mobiliária do Nassif. Só que esta história não convenceu a Luiz, já que o libanês não era confiável. Mas de qualquer forma, Luiz entrou em contato com o Sr. Isidoro, via telégrafo, dizendo que o mesmo tinha passado uma história a qual sobre uns móveis de quarto que ele havia presenteado, mas que ela gastou o dinheiro em outra coisa que comprou em troca de três dias de conviveu num hotel em Uba. Com a chegada do expresso, Luiz embarcou lembrando ao libanês do compromisso e fosse ao encontro da mulher que o esperava.
Quatro dias se passaram, e Luiz ao retornar da sua jornada profissional, no que desembarcou em Ubá, foi abordado por Isidoro e despejou o caso, cujo conteúdo segundo narrou, acabou tendo luta corporal, pois Hermogem tomou conhecimento por Nassif, que a mulher de nome Jacira, de fato o procurou em nome dele e adquiriu uma cômoda e uma cama. Mas Nassif por achar a mulher bem bonita e fogosa, interessou-se e propôs a ela, que daria o armário e os criados mudos se ela ficasse com ele as duas noites no hotel com ele também. Evidente sendo Jacira quem era, ou seja, uma mulher dama, como eram conhecidas naquela ocasião as prostitutas, portando bem vivida na profissão, resolveu aceitar a oferta, mas que preservasse o encontro, e não dissesse nada ao libanês, pois era o seu namorado e ele ia ficar bravo se soubesse da aventura, e talvez não pagasse a despesa da cômoda e cama, como de fato veio ocorrer, mas entraram no acordo. Estas cenas, cujo nome passou a ser conhecida junto os colegas viajantes, dia do encontro das galhadas... Por muito tempo perdurou este acontecimento...
Depois da refrega na rua da mobiliária de Nassif, onde o bafafá aconteceu, e uma plateia se fartar do pugilato só separado pela polícia, que foi solicitada e os dois libaneses encaminhados à delegacia de polícia. Para surpresa de seu Isidoro e perplexidade, os dois chifrudos foram visto no restaurante Flor do Líbano, saboreando suas esfirras, burecas, capta e outros, comemorando o retorno da amizade, onde Jacira passou a ser dos dois chifrudos a fazer sua dança do ventre...
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