Mostraram a mina... E entregaram o ouro.
Hospedados naquele hotel fazenda à cidade de Cristina (MG) ao sul de Minas, onde uma sedutora região montanhosa na vertente Sudoeste da serra da Mantiqueira nos contemplava com uma panorâmica visão da natureza em sua plenitude, disporíamos de todo conforto e lazer nos oferecidos pelo majestoso hotel, àquele fim de semana prolongado pelo feriado da Semana Santa.
Entre nós turistas, que compúnhamos a totalidade da ocupação do hotel, dois cidadãos que ali estavam como nós, curtindo aquele paradisíaco pedaço de mundo praticamente ainda inexplorado, nos chamou atenção pelo comportamento que efetuavam por suas práticas esportivas praticadas, em que mostravam suas atléticas formações fisiculturistas onde os corpos bem definidos chamavam atenção, mormente junto as mulheres.
Hospedadas havia duas mulheres, bonitas por sinal, que reservadas e sempre juntas, permaneciam à parte dos demais hóspedes, limitando-se apenas aos cumprimentos de praxe, mantendo-se isoladas sem que fossem chegadas uma conversa ou outro tipo de aproximação. Muito embora mostrassem certa simpatia talvez pela plástica e suas belezas que sem dúvida possuíam.
Numa manhã para surpresa geral, lá estavam as duas “deusas” e os “coroas” a participarem animadamente do cooper, do passeio a cavalo, à parte da tarde, enfim um clima passava a rolar obviamente entre eles. Os “conquistadores” que já se consideravam os “reis do pedaço”, passaram a se intitular os garanhões do hotel, afinal conseguiram conquistar as beldades misteriosas, em verdadeiras exibições publicas.
A noite, após um jantar cheio de romances e regado a vinhos, os quatro em mesa reservada especialmente num dos cantos da varanda, ficaram a curtir o jantar. Longo tempo depois, chega-se a sala de jogos carteados instalando-se em uma das destacadas mesas. Solicitando da gerência as fichas e baralhos para o pôquer, uma garrafa de Whisky e quatro copos e um balde de gelo que são ali colocados pelo garçom e mantiveram-se a papear, numa autêntica demonstração de exibição perante, nós, que também nos encontrávamos como outras pessoas que ali se divertiam jogando suas canastras, buracos, trancas e outros.
Pela manhã, soubemos pelo Maitê do restaurante, que as belas mulheres se intituladas de “beldades do hotel” deixaram bem cedo, ou melhor, em plena madrugada o hotel, levando em suas bagagens no seu veículo Honda Civic uma polpuda soma de reais, -- cerca de R$8.700,00 -- conseguida na noitada do Pôquer que durou até as 4 da madrugada, deixando os dois “mulherengos” lisos e curtindo um memorável “Pifão”, debruados sobre a mesa de pano verde até as seis da manhã, quando foram acordados pelo pessoal da equipe da cozinha, indo curtir a ressaca em seus quartos. Já que na certa ao acordarem com uma tremenda ressaca, seria motivo de grande gozação... Se é que continuariam hospedados!
Moral da história: Nunca devemos nos exibir perante uma suposta conquista, quando sabemos, sim, que não temos condições pelas vias normais em conseguir tal conquista. Pois no afã do intento e também querendo mostrar a exibir o quanto são imbatíveis, levantamos a guarda e nos vemos golpeados pela verdade nua e crua...
Ah... Esses “turistas conquistadores” quando dão com os “burros n’águas” e ficam a ver navios, ao tentarem em mar traiçoeiro que parecia em constante calmaria, navegar, são de fato muito engraçados e nos proporcionam momentos bem além de pitorescos...
Comentários: