Nem sempre o esperto se dá bem!!
Este episódio que o transformo em mais uma crônica, confesso que outros assemelhados foram desfilados por nós, só que de consequências diferentes nas conclusões encontradas entre os participantes.
Num hotel que nos hospedávamos na ocasião, que mais uma vez curtíamos as delícias da cidade de Águas de Lindóia, SP, um cidadão é flagrado por outro hóspede que acessou a sauna aquele início de tarde em situação bem complicada, sobre dois bancos de madeira empilhados a olhar maliciosamente por uma pequena falha ao alto da parede divisória das dependências da sauna reservada, naquele horário, as mulheres, cuja intimidade notadamente já se fazia óbvio, presente.
Surpreendido, não se fez de rogado, a não demonstrar qualquer constrangimento, pelo contrário, estava se achando muito esperto e muito vivo pela descoberta do local e inclusive para mostrar o seu “desprendimento”, chamou o homem que o surpreendera na ação, para participar e dividir consigo a curtição das belas cenas do explícito espetáculo, que naquele instante até se recusou a aceitar.
Como se poderia imaginar, a notícia mesmo super. sigilosa acabou vazando para outros amigos dos dois indivíduos. A partir daquele dia, claro que a sauna da tarde, no horário feminino, passou a ser bem concorrida, ao ponto que o vôlei, o futebol perderam seus encantos. Entretanto, alguns dos cidadãos não se prestassem a este tipo de inconveniência e baixeza, afinal a dignidade e a moral do ser humano, mesmo tratando-se, admitiam-se de adolescentes. Todavia, uma minoria significativa de jovens inconsequentes e o próprio cidadão que se dizia “esperto e vivo” insistiam em continuar a violar o direito à privacidade daquelas mulheres despreocupadas em seu lazer.
No dia seguinte, o insaciável e desprezível indivíduo, após retornar de um passeio a cavalo após o almoço, dirigiu-se imediatamente a sauna. Ao penetrar no recinto, sorridente, se espanta com a rapaziada fazendo fila na espera para olhar pelo buraco da parede. Porém, sendo notado na chegada, o grupo de espertalhões vai se dissipando sem nada comentar ao deixar o local. O rapaz que estava a apreciar ao alto dos bancos, notando aquela movimentação atípica à chegada do cidadão, desce, digo, pula dos bancos, faz um cumprimento e sai porta afora.
Vendo-se sozinho, sorrindo a atribuir sua prioridade, afinal foi quem descobriu toda aquela “sessão da tarde”, ajeitou os bancos, e trepou na tal pilha a posicionar-se para a melhor visão. Nisso, solta um expressivo palavrão, virando para trás e não observando uma viva alma, põe às mãos a cabeça e balbucia... Pô, minha mulher completamente nua... Sem ao menos ter uma pequena toalha cobrindo suas intimidades! E agora o que posso fazer, proibi-la de frequentar a sauna? Qual seria o motivo, vez que se utiliza a mesma diariamente? E nunca fui contra, pelo contrário, o incentivo, já que se assim procedesse estaria ciente que me utilizava desta prática indigna em violar as intimidades das mulheres...
Moral de história: A pimenta nem sempre só arde nos olhos dos outros
Ah... Esses turistas “vivos” quando morrem de vergonha por atos indignos e vergonhosos praticados, onde têm como referência que o atinge na sua intimidade e não sabem como resolver, são de fato bastante pitorescos...
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