Santo do Pau Oco e suas agruras
Desta vez àquele mês de julho, nossa temporada de inverno teve um atrativo a mais, com as festividades comemorativas dos 35 anos de casados do casal proprietário do hotel à cidade de Lambari, MG. Na sexta-feira às 18 horas, lá estávamos juntamente com bom número de convidados, a participar da missa a ser realizada, onde no altar, o casal aguardava ansioso o início da celebração, enquanto as laterais os três filhos, cinco netos dos homenageados e mais dois casais se mantinham atentos, à espera do momento em que participariam das leituras inseridas durante o ritual litúrgico.
Iniciada a missa, procedidos aos ritos, efetuadas as leituras e já à homilia com o celebrante em oratória a enaltecer a vida dos homenageados, onde uma plateia em total silêncio ouvia respeitosamente as belas e dignas palavras elogiosas do vigário, de repente um som flatuoso, característico de “peido” ecoou por toda a nave da igreja em acústica, distribuído pelos sistema de som, em alongada duração.
Surpreso, o público que silencioso e atento ouvia a bela locução, alvoroçou-se entre murmúrios e risos, o que levou o vigário a interromper a oratória, virando-se aos parentes ao lado no altar, mais precisamente as crianças que se escangalhavam de rir efusivamente, com certo humor diz: - Algo de estranho soprou diferente ao microfone!!!
Observando a cena, contendo o riso, notei que um dos senhores ali junto aos parentes, - por sinal amigo há anos dos homenageados, - de fisionomia carrancuda dava mostras de insatisfação. Retomada a oratória, prosseguiu a cerimônia, embora entre os netos os risos permanecessem a evidenciar que houve de fato alguma molecagem por parte da criançada.
Durante os cumprimentos de praxe, à fila formada o assunto em questão, era sem dúvida a sonoplastia dos “fogos havido”, na sonorização dos “peidos” , que um dos netos devido a constância daquele cidadão que se mostrou carrancudo, vinha empesteando o local sem nenhuma parcimônia. Por azar do peidorreiro, justamente aquela flatulência a qual foi ao ar, veio dotada de muito barulho, do tipo “motor de motocicleta” em longa duração.
Moral da história: Peidorreiros especializados devem ter sempre o cuidado e a discrição a evitar contratempos, mesmo quando um microfone à mão de uma criança seja um eminente perigo à molecagem... Já que pelo odor, não dá para saber quem seria o autor.
Ah... Esses turistas que se julgam senhores de si, achando pela vivência que nunca serão surpreendidos em seus anseios naturais, sempre estarão sujeitos a momentos hilariantes muito mais que pitorescos...
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