O vaso sanitário que explodiu – II
Caros leitores, vocês devem se recordar da crônica a qual narrava sobre o “vaso sanitário “que explodiu quando excursionavam à cidade de Caldas Novas (GO) um grupo de seletos excursionistas.
Pois bem, dias depois após a publicação da crônica, um conhecido meu ligou-me com a finalidade específica de me gozar, atribuído ser impossível tal fato ocorrer e, eu que tinha imaginado a história – que por sinal até achou bem engraçada- mas que duvidava da veracidade da mesma e ia de encontro as minhas apregoadas afirmativas de que as crônicas eram e são fatos reais vivenciados por mim ou outro narrador confiável, achando impossível agua explodir.
Após escutá-lo sem que ponderasse em um só momento, ou mesmo me sentisse constrangido pelo que me falava, aceite sua crítica respeitando-a. Afinal todos têm o direito de duvidarmos, acreditarmos e óbvio, descremos daquilo a que não assistimos ou participamos. O direito de crítica e de ser criticado, faz parte do nosso cotidiano, principalmente quando o criticado esta exposto pelo trabalho que executa, a uma gama de pessoas. No meu caso aos leitores. Mantendo-me tranquilo, sem que a crítica me abalasse quanto a minha credibilidade nos relatos dos fatos, ou mesmo causasse algum esmorecimento, continuei e continuo a escrevê-los.
Duas semanas se passaram após o telefonema, quando passeávamos pela cidade de Miguel Pereira, encontramos com a mulher do nosso “crítico” no shopping. Depois dos cumprimentos de praxe e a colocação dos assuntos em dia, à mulher nos contou um detalhe que muito nos deixou perplexos e, porque não, de alma lavada. O marido resolveu fazer uma experiência utilizando-se de uma lata de inseticida liquido ( Flit) despejando o conteúdo no interior do vaso sanitário do banheiro de serviço da nossa casa aqui em Barão de Javari. Sorte foi a dele em não se sentar, mesmo após abaixar a tampa e atirar um papel em chama no seu interior. O líquido inflamou-se com labaredas altas chegando a chamuscar lhe o bigode, a barba, os cílios e as sobrancelhas. Depois do susto veio contar a mulher à asneira que fizera e penitenciar-se pela incredulidade e crítica radical que me fizera por telefone, sobre a crônica do vaso que explodira...
Moral da história: Quando descremos de um fato que nos é narrado levado talvez pela nossa incredulidade por atribuirmos ser impossível que possa ocorrer, nunca devemos experimentar tal situação, sem as devidas cautelas, mesmo descrendo, pois consequências danosas poderão advir com a confirmação de uma verdade...
Ah... Esses turistas incrédulos cônscios de seus pontos de vistas, mas duvidosos quanto a eles, quando resolvem pela prática provar suas teorias, sempre nos fazem sentir o quanto são também pitorescos...
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