Pagou alto pela baixaria...
Ao entrar no estacionamento do hotel que estávamos hospedados, eis a nossa surpresa ao depararmos com uma viatura policial estacionada, a levar a crer que algo acontecia, o que estava acontecendo a nos deixar certa apreensão. Afinal estávamos longe de imaginar que naquela paz interiorana, pudéssemos ser levados à paranoia do cotidiano dos atuais centros urbanos, em que a violência, insegurança, e o medo nos são impostos.
Um tanto preocupados, chegamos à recepção, onde dois policiais, o gerente e um hóspede todo desgrenhado com a roupa suja e rasgado, dialogavam um tanto desgastados, quando outros hóspedes, um casal, se chega ao grupo, que em seguida é solicitado pelos policiais a acompanhá-los a DP juntamente com o cidadão agredido e o gerente.
Curiosos assim como outros que ali presenciavam a cena, ficamos integrados ao bochincho e o “pega pra capar” pelo serviçal, que se ocupou na saída do gerente, que tudo se deveu pela agressão sofrida ao homem ferido, – ligado ao agressor pelo constante convívio no hotel já que eram amigos e participavam dos lazeres diários -- após em conversa amistosa, revelar que àquela tarde havia “bisbilhotado” na sauna, conforme ele o havia informado, tivera o prazer de apreciar cenas incríveis, em que gostosonas mulheres fizeram seu prazer e felicidade orgástica, notadamente uma sedutora e atraente morena tatuada com uma rosa no lindo traseiro, cuja identificação ficou impossível de ver, pelo pequeno espaço visual por ele indicado. Mas mesmo assim foi demais apreciá-la. Virando-se debaixo de eufórico entusiasmo, falou: -- Você teve a oportunidade de vê-la?
Só que sem esperar, levou um soco violento seguido de várias outras agressões físicas e deu no que deu. Ele não imaginava que a “deusa tatuada” fosse a mulher do companheiro... Entretanto o machão mordido, esqueceu-se que foi ele próprio quem descobriu e indicou ao agredido a participar desta indigna aventura de bisbilhotar a privacidade alheia, se utilizando da abertura de uma das andorinhas quebradas (espécie de tijolo furado) ao alto da sala do vestiário à divisão com a sauna feminina, em que trepado sobre os armários, tinha o acesso a visão parcial da sauna feminina.
Na acusação do agredido, o mesmo ocultou este detalhe quando procurava se eximir de qualquer atitude que viesse a sofrer tal agressão. Mas na defesa do agressor, o motivo da encrenca deveu-se pela sua ira diante da revelação do tarado, ao contar intimidades pessoais que só a ele pertence e a sua mulher.
Conclusão, por ordem do delegado, a sauna masculina foi interditada até que o reparo fosse providenciado. Quanto aos dois indignos e desprezíveis cidadãos, foi decidido, devido à retirada da queixa do agredido, que o caso fosse encerrado. Só que pelo ato praticado, ambos foram convidados a deixar o hotel pelo bom nome que o estabelecimento possui junto à rede hoteleira.
Ah!...Esses “turistas indignos” quando são descobertos em suas “façanhas” e se mostram o quanto são desprezíveis e amorais, os quais lamentamos, só temos também a “agradecê-los pelos momentos pitorescos, dada as consequências causadas por essa atitude inconcebível, cujo preço pago foi merecidamente bem alto...
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