Pandemia e seus humores
Há um ano que estamos nós, vivendo sob o julgo desta horrenda Corona vírus que assola o mundo, a trazer milhares de consequências catastróficas que vêm assustando, e cuja ansiedade é a esperança nas presenças das ditas vacinas como o alento as nossas vidas, independente dos chamamentos higiênicos no uso de distanciamento, lavar as mãos e se possível rostos, aplicações de álcool em gel, evitar aglomerações, se possível ficar “confinado” dentro de casa, só saindo em caso de extrema necessidade e outras medidas passadas pelas mídias que devemos assimilar e fazer o uso, principalmente os ditos “bem vividos” do fator de risco, mesmo sendo considerados uns estorvos na presente situação para a população, sempre reconhecidos, eu me incluo neste grupo, como peças de museus que só servem a atrapalhar e onerar a Previdência Social, por ainda estarmos vivos.
Pois é, por outro lado, não podemos esquecer o humor que esta pandemia vem trazendo no seu bojo “assintomático”, de consequências bem engraçadas quando ocorrem, sendo presenciada por bastante gente a trazer boas gargalhadas, a fazer esquecer o trágico momento que vivemos.
Forçado pelas contingências em ter que ir ao banco, sacar os cascalhos que ainda me restam e trazer da farmácia alguns medicamentos que usamos de uso contínuo, como disse; faço parte do grupo de risco, ao entrar na padaria objetivando uma garrafa de agua mineral e lógico um cafezinho, tive o prazer de presenciar uma cena deveras interessante, que embora simples no contexto, achei deliciosa e com bastante humor, em que as gargalhadas, não só a minha, mas de todos ali que presenciaram, foi quase unis sônica, na maneira que o fato se deu, depois do amigo que estava com o cidadão, que nos proporcionou o riso, haver chamado atenção pelo não uso da máscara que estava sob o queixo. Mesmo rindo pelo esquecimento, ajeitou a máscara continuando a conversar. De repente, olhando os dois amigos a conversarem onde a gesticulação se tornava bem agitada, após o serviçal colocar o café às suas xícaras, o cidadão raspando a xícara no pires para não pingar, leva mesma a boca, sem antes soprá-la e acontece o inesperado, mesmo o amigo tentando avisá-lo sobre a máscara. Foi o caos, o café espalhou por toda a máscara, que ao se afastar, a evitar pingar nas roupas, ainda pingou a camisa na altura da proeminente barriga.
Retirando do rosto a dita “focinheira”, que encharcada de café, assim como o rosto todo lambuzado, utilizando-se de guardanapos de papel, seguiu ao toalete a deixar todos que assistiram a “comédia” em total momento de humor. Inclusive o seu amigo, que deixou o balcão também sujo de café, por entorna-lo ao por a xícara ao pires, dominado por risadas pela cena acontecida.
Já de retorno do toalete, com a máscara a mão e a camisa molhada ainda com as manchas de café, despediu-se do amigo e quando saia porta fora, o amigo falou: Não se esqueça de por a máscara... Virando o respondeu: -- Vai pro diabo essa máscara... Maldita pandemia.
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