Por Luís Cláudio de Carvalho
O Brasil está vivendo um período turbulento na sua história política e administrativa, onde os brasileiros estão, a cada dia, mais desesperançados com o seu futuro. A crise política alcançou um volume jamais esperado e, por isso, ela e os políticos estão desacreditados. Mas é a crise econômica que gera mais desconforto e revolta os cidadãos, que trabalham e não têm perspectivas de saírem das dificuldades. Não bastasse isso, ainda sofrem com a alta carga tributária, que pouquíssimo retorno dá nos suprimento de suas necessidades básicas. Mas nem por isso estamos vendo rebeliões e anarquias por parte da população. O povo brasileiro é um povo respeitador.
Em tempos de debates entre candidatos, propagandas políticas e opiniões de alguns eleitores, especialmente nas redes sociais, percebemos as variadas opções de idéias, perfis e comportamentos, tanto de candidatos quanto de militantes e eleitores. O título acima, quase um ditado popular, serve tanto para uns quanto para outros. Para ser respeitado é preciso se dar ao respeito.
Partindo desse princípio, bem como do perfil respeitoso do povo brasileiro, citado na introdução desse texto, é que pergunto: como pode um candidato que não respeita os seres humanos, os animais e o meio ambiente querer ocupar o cargo máximo do país e representar esse mesmo povo? Como um cidadão, que não tem discernimento do limite do razoável, fará para debater as questões importantes para a nação? Diante de uma situação de conflito ou de decisão rápida, qual será o comportamento de uma pessoa que não tem equilíbrio emocional? Como alguém, que sempre resolveu as coisas exclusivamente de acordo com suas próprias opiniões, fará para tomar decisões que afetam a vida de pessoas das mais variadas classes, raças, credos e culturas?
Respeito a decisão dos que já optaram pelo candidato Jair Bolsonaro, suas frases feitas, seus bordões, suas atitudes exaltadas e sem argumentos plausíveis. Esses são casos perdidos. Mas alerto aqueles que ainda não definiram ou estão propensos a darem um voto de protesto, pra acabar com esse debate todo já no primeiro turno e, a partir do ano que vem, ver como fica. Repensem. Bolsonaro exerce cargo público há quase trinta anos e, até pouco tempo, nunca despontou no cenário político e administrativo. Até se apresentar como candidato à presidência da República, nunca fez qualquer manifestação com sugestões para resolver os problemas do país. Nem no seu pequeno estado, o Rio de Janeiro, ele apresentou propostas para resolver os problemas ali existentes, que, ao longo dos últimos anos, vêm se avolumando. Qual a contribuição que ele deu para o estado que representa no Congresso Nacional? Nem opinião ele deu. Usar frases feitas, como “bandido bom é bandido morto”, entre tantas, qualquer um faz. E não se iludam: é um político igualzinho a maioria. Até aqui, agiu somente de acordo com seus próprios interesses. Não pode representar o povo brasileiro. Apesar de tudo, o Brasil merece respeito e tem que ser dar ao respeito, para ser respeitado lá fora.
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