Pela Cabrita, Pastor desgarrou-se no pasto...
No ônibus que nos conduzia a estância hidro mineral de Raposo, na cidade de mesmo nome, no norte do Rio de Janeiro, dois cidadãos que se acomodavam ao par de poltrona às nossas costas, conversavam compenetrados sobre a pastoral de suas igrejas. No que pese não nos caber interesses e não haver por nossa parte qualquer vontade em ouvi-los na conversação, acabou dando de abelhudos e forçosamente passamos a ouvir ás “homilias” externadas pelos ditos sacerdotes.
Embora a conversação mantivesse em nível de intelectualidade elevado, no que foi dado a perceber, versava sobre a teologia pela influência das teorias de termos e de teses eclesiástica discorrida pelos doutrinários padres. De fato nossa percepção concretizou-se quando um deles; o mais novo pela aparência, põe-se a falar sobre os fiéis da sua paróquia, cuja doutrinação vinha sendo assimilada a contento, mormente entre os jovens, e sua catequese passou a colher frutos. O que até mereceu elogios do bispado. Enfim passamos a ter certeza de ambos serem sacerdotes católicos e que se encontram de férias com destinos diferentes: um visando a cidade de Laranjal, suas origens, e o outro de Itaperuna, num reparador retiro, já que se encontrava exaurido pela vocação sacerdotal exercida.
Dias depois, já integrados a rotineira jornada de Raposo, quando retornávamos da deliciosa fonte da agua Magnesiana, eis que observamos em um banco do Parque, bebericando sua latinha de cerveja, nosso teólogo de papo com uma bela e atraente mulher. No que pese o sobressalto aparente, não vimos qualquer maldade, longe disto, afinal sua condição de sacerdote, não implicaria na quebra de dogmas por papear com uma mulher, mesmo estar os dois acompanhados de latinhas de cervejas.
Todavia, surpresa mesmo, foi quando a noite após um jantar bem capixaba, já por ser a localidade quase divisa com Estado do Espírito Santo, mesmo tendo a degustação bem controlada, quando passeávamos visando pela deliciosa alameda de bambus, desfazer alimento calórico consumido, soou os nossos ouvidos gemidos contundentes e sussurros frenéticos, vindos das sombras pela pouca e fraca luminosidade existente na alameda e, de súbito, um grito de mulher ecoa pelo ar e é projetada deixando os bambus, a mulher, segurando pela mão, nos parecia, um vestido enrolado, vindo à nossa direção a dizer que uma cobra atacou e, pondo-se a se vestir, quando também saindo dos bambus, ai sim a surpresa maior: era justamente aquele padre que bebericava sua cervejinha acompanhado de uma mulher. Mesmo na penumbra, nos pareceu à mulher que a vimos a tarde. Mas deu para reconhecer que era o sacerdote de “Eros” e uma de suas veneradas filha de “Afrodite”
Moral da história:. A exaustão às vezes faz com que sejamos tomados por “ “alucinações” também eróticas... Mesmo tendo o celibato como obrigação sacerdotal a cumprir pela vida religiosa..
Ah... Esses “turistas dogmatizadores”, quando se veem nas imposições dos dogmas se esquecendo das diretrizes sacerdotais e deixam fluir o sentimento natural do ser humano que são, tornam-se como jovens na puberdade, levados pelos hormônios naturais, nos proporcionando instantes bem pitorescos quando flagrados nas suas traquinagens sexuais.
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