Quando fracos viram fortes...
Este episódio o qual passo a cronicá-lo, me foi narrado por um cidadão da terceira idade, que como nós, desfrutava da tranquilidade do Parque Hidromineral de Cambuquira, quando uma confusão fora formada devido a desavença entre um casal de idosos e uns jovens que ali em grande algazarra perturbava a paz e a tranquilidade do aprazível local.
Contava o ilustre cidadão, se dando a conhecer como Sr. Mirim, que certa ocasião, viajando num ônibus contratado à nossa excursão com destino à cidade de Visconde de Mauá (RJ), tinha entre os participantes uma variedade de pessoas e, como tal, existindo aqueles cujo comportamento e educação, não seriam compatíveis com o até então seleto grupo previsto.
Três “turistas” sentados às primeiras poltronas, mesmo depois de notificados educadamente pelo guia da excursão e o motorista, negaram-se a diminuir o volume do aparelho de som portátil que conduziam, com a alegação de que pagaram a excursão e por isso não iriam diminuir o som do aparelho e que aqueles que não aceitassem que fossem reclamar ao Bispo. Evidente que o som demasiadamente alto estava irritando a maioria dos passageiros e quando alguém reclamava, mais os irreverentes “turistas” mantinham-se irredutíveis.
Ao chegar ao local reservado à parada do veículo, os “três chatos” foram os primeiros a sair como ocorreu com os demais passageiros, apenas permanecendo no interior do coletivo, Sr Mirim e sua mulher, que logo a seguir desceram a aproveitar a mobilidade das pernas e tomar café.
Concluído o tempo determinado à parada, seguiu viagem o ônibus com o famigerado retorno do som irritante a reiniciar o martírio. Passado pouco mais de 5 minutos, surge um forte espirro vindo da parte da frente. A seguir, quase de imediato outro e mais outros se sucederam insistentemente. Nisso o som parou dando lugar aos espirros dos “três chatos”, que totalmente desarticulados e desorientados pelos espirros, a ponto de levar os passageiros a risadas e de um deles a dizer que parasse o ônibus, pois tinha ânsia de vômito e estar tonto e iria desmaiar. De repente o que se viu na verdade, é que o coletivo era uma sonora gargalhada, em que o guia mesmo fazendo parte dos risos, saiu em atender o dito desmaiado e solicitou, abrindo a porta da cabine do motorista que parrasse ao acostamento, no que fez. A muito custo, pelos espirros e os sacos plásticos conduzindo os vômitos, desceram do ônibus e concluíram suas contínuas necessidades a ocuparem de retorno suas poltronas um tanto ofegantes pelo excesso de espirros e barrigas doloridas no esforço de lançarem seus vômitos, a permanecer imóveis e vez por outra espirrarem.
Claro que o som foi esquecido... Finalmente aquele martírio que já vinha se mantendo ao longo da viajem a irritar quase a totalidade dos passageiros, não deu mais as caras no veículo, além de ser atingido por uma das golfadas de vômitos no colo daquele que disse que ia desmaiar...
Ah... Esses velhinhos espirituosos e imaginativos... Que tornaram os ditos turistas atrevidos, uns passivos e obedientes graças a uma simples latinha que continha pó de rapé, não deixou de ser bem forte derrotando a arrogância daqueles cafajestes indesejáveis...
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