Por Luís Cláudio de Carvalho
Por diversas ocasiões, vivemos a experiência de ver as oposições atuarem de maneira que o governo sofresse todo tipo de dificuldade para colocar em prática suas ações. Essa prática oposicionista foi definida como "quanto pior, melhor". Geralmente, ocorria em todas as esferas de poder: federal, estadual e municipal. Consistia em atrapalhar ao máximo quem estava no poder, para que não obtivesse êxito em suas ações e, consequentemente, nas eleições. Embora tenha utilizado os verbos no passado, admito que a prática ainda é atual.
É extremamente importante que exista oposição. Mas é importante, também, que essa oposição seja responsável e saiba distinguir interesses políticos e pessoais de interesses públicos. Geralmente, a oposição mais atuante está no legislativo, o poder mais político e com maiores condições de interferir no desempenho dos governantes. É muito comum ouvirmos membros dos parlamentos dizerem que "o que é bom a gente aprova e o que é ruim a gente rejeita". Ora, isso é muito relativo e, até, demagógico. Muitas vezes aprovam ou rejeitam projetos somente usando como critério sua autoria, sem se importarem com o interesse público.
Trazendo o assunto à realidade regional e devido à proximidade das eleições municipais, que ocorrerão no ano que vem, percebemos a vontade de acertar dos atuais prefeitos. Contudo exista uma crise financeira sem igual, as prefeituras da nossa microrregião têm procurado fazer o básico. A maioria tem conseguido isso e muito mais. Não são poucos os municípios que estão tocando importantes obras. Além da avalanche de reclamações nas redes sociais, alguns chefes de executivo sofrem perseguições de adversários políticos que tentam, a todo custo, denegrí-los e detonar suas administrações. Daqui até outubro do ano que vem, a tendência é que isso aumente.
No caso específico de São Lourenço, a prefeita, após ter tido o mandato cassado e conseguido reverter a situação na Justiça, está politicamente fortalecida e tem feito um trabalho razoável. Iniciando essa segunda parte do mandato, os vereadores terão que fazer a opção de tirá-la do cargo novamente ou apoiá-la para que possa realizar as ações necessárias para o desenvolvimento do município. O que não podem, de forma alguma, é optar pelo "quanto pior, melhor". Atrapalhar as iniciativas da prefeita e ficar atuando para que ela se sinta sempre na "corda bamba" não será bom para o município. É claro que deve haver oposição, com fiscalização e impedimento de qualquer tipo de corrupção, mas tudo com muita responsabilidade. O município não pode sofrer as consequências das disputas políticas e dos interesses pessoais. Para a municipalidade, "quanto pior, pior".
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