Quatis em São Lourenço?
Aproveitando da agradável tarde de outono que fazia aquela segunda feira, em que o movimento no Parque das Aguas não se fazia presente depois de um fim de semana calmo com relação aos nossos visitantes, como as vezes costumo fazer, aproveito desta calma e tranquilidade para por em prática nosso compromissos com os leitores a escrever novas crônicas ao acervo que Graças a Deus não param de crescer, sentado a uma das mesas próximo da floresta, pois sempre que ali me encontro, trago algumas frutas como: bananas, mamão maçãs, e outras que consigo na quitanda do Rodrigo, embora ainda boas, já não serve a venda ao público e o futuro será o lixo. Meu objetivo é leva-las aos nossos símios ( macacos) que tem o hábito de se mostrarem e se exibirem aos visitantes, que deslumbrados se vale de suas câmeras e celulares para fotografá-los nos melhores ângulos.
Porém, naquela tarde, mesmo trazendo uma boa quantidade de frutas, não tive a presença de nenhum animal, a não serem os pássaros de costume. Confesso que estranhei o procedimento dos “amigos de infortúnios”, se podem considerar este desencontro. Mas abrindo meu caderno rascunho, retirando do bolso uma papeleta em que anotara o contexto que seria baseado a crônica a ser escrita, cujo título já previsto era; Núpcias atípicas aos convidados, contado pelo amigo Evandro. chefe do Expresso Rio\ Campos dos goitaquazes, cujo o 3º vagão da 1ª classe foi invadidos por Peri planetas americanas (baratas).
Aberto meu caderno, concentrado nas minhas escritas, passo a escrever a crônica, tentando primeiramente desenvolver o tema, onde mostraria as reações de cada personagem mediante ao asqueroso momento a ter uma barata no seu pescoço em plena luminosidade mortiça e aos gritos histéricos, sem saber o porquê daquela invasão de milhares de insetos cuja explicação foi acasalamento através do feromônio lançados pelas fêmeas no seu voo nupcial cujos machos as seguem Mesmo não sendo um biólogo, Evandro pediu calma esclarecendo que aquele caso atípico, faz parte da natureza e ser ali naquele ser comum ocorrer este episódio.
Prosseguindo com o meu trabalho, com tempo já indo longe, senti algo tocar a minha perna, que ao passar a mão, senti um bafo quente, o que me fez de imediato verificar atribuindo algum macaco. Só que não era um símio, mas sim, pasmem, tratava-se de dois quatis que procuravam fuçar minha saca contendo as frutas trazidas para os meus “amigos de infortúnio”, que aquela tarde não houve o comparecimento, como costumeiramente acontece.
Fechando o caderno, apanhei a saca de frutas, colocando-a sobre a mesa e aos poucos fui retirando cada fruta a joga-las ao chão, onde passaram a comê-las sem que se ausentassem receosos -- Afinal, era a primeira vez que houvera este encontro, pelo menos comigo, -- com destino a mata, ou floresta como queiram, a se assustarem com a minha presença. Mesmo não conhecendo tal animal, a não ser por filmes, fotos, Tvs, atribuir pelo porte de cada um seus sexos e fiquei em dúvida, achando que a fêmea um pouco menor, trazia em uma espécie de bolsa em sua barriga e pensei ser por isso um marsupial, onde este tipo físico é característico desta raça como são os cangurus australianos.
Depois de devorarem todas as frutas, seguiram em direção à mata e como tal desapareceram, a deixar-me boquiaberto diante do que acabara de ver em pleno parque de São Lourenço, depois de ver em minha varanda quase que diariamente, é ter como “visitantes ilustres” a família de Jacus, ou seja; Macho, fêmea e filhote que recentemente se juntou ao casal em voo um tanto desajeitado derrubando um vaso de planta. São varias bananas por dia, proibindo outros pássaros em comerem seu “dejejuns” como; Saíras de várias cores, Sabiás, Sanhaços, Bem-te-vis, tucanos bico preto e amarelos e outros tantos que desconheço o nome. Aja bananas...
Pois é caro leitor, cada vez mais me surpreendo com a cidade de São Lourenço.
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