Quem com ferro fere... Com ferro será ferido...
Um casal hospedado num hotel à cidade de Cantagalo, RJ, que assim como nós, desfrutava de um deleite merecido, - como apregoava em conversas durante nossos papos ocasionais – dado a sua atividade comercial que o exigia bastantes sacrifícios quase diuturnamente. Todavia este cidadão não estava sendo visto com bons olhos pela administração do hotel, já que vivia a reclamar constantemente de algo junto à gerência, de acordo com o que nos foi passado pelo simpático gerente. Era da cama mal arrumada, da qualidade do papel higiênico, do aparelho de TV, dos produtos no frigobar, da quantidade jorrada da água do chuveiro, já que para aquecê-la tinha que reduzi-la, enfim, nada o agradava. Era de fato um cidadão bem desagradável e bem intolerante, pois nada o fazia estar de acordo e até um simples latido de um cão, era motivo de reclamações, atribuindo ao hotel fazer cessa-los.
Felizmente quanto ao passadio, ou seja; as refeições, pareciam crer que vinha a atendê-lo às suas exigências e preferências, pois até então não existiu qualquer tipo de reclamação, o que segundo o amigo gerente, era um ganho expressivo considerável. Pelo menos isto nos consolava.
Três dias haviam se passado da sua chegada, quando finalmente por ocasião do desjejum, surge a primeira intervenção junto ao garçom, onde foram feitas críticas à qualidade do queijo do tipo minas frescal que passou a ser servido. O garçom gentilmente o atende, alegando que o produto que até então servido acabara e o queijo agora oferecido era de outro fornecedor. Ao término do café matinal, o injuriado cidadão foi, obvio, a gerência reclamar, O pobre administrador, não mais sabendo o que fazer a agradar o hóspede, diz que o queijo era de boa procedência e estranhava a reclamação, pois ninguém a fizera. O cidadão a retrucar, alegando ser um expert no assunto, pois é proprietário de um laticínio muito importante à cidade do Carmo há doze anos e sempre pautou e primou pela qualidade de seus produtos junto aos seus consumidores e, não admitia que um queijo daqueles fosse servido ali no hotel, ou seja; sem gosto, de massa consistente e dura talvez pela incidência de adição de farinha de trigo, insosso e ressecado de cheiro e odor intragáveis.
O gerente aturdido, o pediu que o aguardasse e retornando logo a seguir com um queijo ainda embalado, o entrega a perguntar: -- O senhor por acaso conhece a procedência , a marca deste queijo? O homem espantado e aparvalhado manteve-se mudo. O gerente torna a perguntar e ele então sem ter como negar responde: -- Não sei explicar, mas é do meu laticínio e de minha fabricação!!!
Moral da história: Quando achamos ser superiores e sempre criticamos e discordamos de um semelhante, ou mesmo de um concorrente, há que haver um dia, que seremos inferiores e passivos de críticas pela nossa empáfia e prepotência... Principalmente quando no caso, o produto nos pertence.
Ah... Esses “turistas malas” que nos oferecem passagens e episódios pra lá de didáticos, só temos a considera-los sem dúvida bastante pitorescos!!!
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