Sábio provou do mel amargo
Absortos, desfrutando dos prazeres que a vida interiorana nos proporciona, resolvemos curtir o trenzinho, que muitas cidades utilizam no intuito de oferecer aos turistas passeios a tornar seus momentos mais agradáveis em visitações as suas localidades. No caso estávamos em Monte Sião, famosa pela indústria artesanal de lã e malharia notadamente.
Após percorrermos os pontos turísticos, o condutor do trenzinho depois de visitarmos uma importante malharia, em que até adquirimos algumas peças, nos propôs como atração final conhecer um importante apiário da região em determinada fazenda, onde uma variedade de qualidades de mel era de fato bem interessante.
Independente do comércio do mel, a visitação estendia-se também para os turistas interessados no conhecimento de toda a produção apiária, desde as colmeias, passando pela seleção de qualidade, centrifugação, armazenamento e a comercialização. Claro que se tratando de abelhas, poucas pessoas se aventuraram a conhecer, mesmo sendo obrigatório o uso dos equipamentos necessário em função da segurança e proteção.
Entre outras pessoas que curiosas se mostravam interessadas em ver de perto essa milenar e diferente cultura, houve o aceite do oferecimento do guia apicultor. Um cidadão unindo-se ao pequeno grupo de visitantes, dizendo-se conhecedor do assunto, vez que já havia operado com esse tipo de” coisa”, dispensou parte do equipamento só utilizando-se do protetor de cabeça.
Ao chegar às colmeias, o grupo pôs-se a ouvir a palestra do apicultor que abre a tampa de uma caixa visando mostrar a organização que os insetos executavam, se utilizando, óbvio, do aparelho que produz fumaça a fim de acalmar as abelhas, cujo temperamento dócil sempre as tornam inquietas ao mexer às colmeias. Seguia tranquilamente a palestra, quando algumas abelhas passam a atormentar o tal cidadão, que inadvertidamente resolveu tocar num quadro da colmeia em que se encontrava a Rainha. Tentando livrar-se, fez um movimento brusco com a mão. Deu-se mal, pois outros insetos se juntaram e deram-lhe algumas ferroadas por sorte o guia apicultor com o auxílio da fumaça as afastou e acalmou. Mas ficou a lição pelas dolorosas ferroadas merecidas, para quem se mete a intrometido em querer aparecer.
Moral da história: Nunca devemos abusar da sorte quando se dá condições para o azar principalmente quando a nossa integridade física é vulnerável.
Ah... Esses turistas ditos senhores eméritos em conhecerem de tudo, ao querer aparecer, a mostrar suas “qualidades”, e se dão mal, são de fato muito pitorescos, quando ainda mais ocorre, como ocorreu, ser ferroado nas partes íntimas sob suas vestimentas e não ter como se livrar, já que estava embarcado no trenzinho!!!
Que este exemplo sirva de lição àqueles que se dizem conhecedores de variados assuntos e acham que com isso, possam dominar pequenos momentos que o fustigam , esquecendo que com abelhas não se brinca. Prova foi, que além das picadas às mãos, ainda de sobra teve o “saco” picado a ponto de ficar difícil até para sentar...
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