Um “Palpite Infeliz”; pobre Noel Rosa.
Entre muitos atrativos oferecidos aos seus turistas e visitantes por ocasião da semana festiva em comemoração ao dia do padroeiro à cidade de Conservatória, RJ, Santo Antônio, um em especial além das memoráveis e tradicionais serestas às ruas da localidade às noites de finais de semanas, a proporcionar mormente aos idosos, momentos de grandes recordações, passou a ter um atrativo a mais com a apresentação de uma banda de jovens músicos regida por um austero maestro e professor, que vestida impecavelmente, passou a executar à partir da tarde de quinta-feira, seus concertos e arranjos musicais pelas ruas de cidade. Aliás, diga-se de passagem, Conservatória é constituída de apenas de três ruas, duas travessas, duas praças, o tradicional túnel que chora e a estrada que leva a cidade passando por ela a seguir seu rumo. Portanto, com esse curto trajeto, a banda passava pelo menos de 2 a 3 vezes a frente das pousada e hotéis a recepcionar seus visitantes, e ter um descanso de hora e meia a executar novamente seus dobrados e concertos pelas ruas, a encerar-se às 18 horas, em respeito a celebração da missa à igreja matriz.
Com o aumento do fluxo de turistas cada vez maior, o que tornava o desfile o ponto alto da cidade, afinal pelas dimensões urbanas diminutas, o som da retreta ecoava permanente durante sua execução, o que evidente causava expectativa à nova passagem às portas dos hotéis e pousadas, em que os aplausos fazia com que a banda parasse e desse uma “canja” aos turistas em agradecimento.
À tarde de sábado, numa de suas passagem e paradas à frente da nossa pousada, um hóspede visivelmente aborrecido, se chega e resolve “pagar geral”, dizendo-se de “saco cheio” proibindo que não mais parassem ali e de preferência desviassem de rua, pois estava na cidade para descansar, etc...
Debaixo de apupos, vaias e com o maestro dando início a refrega executando a imortal música de Noel, “Palpite Infeliz”, ao Ritmo de marcha, o furioso cidadão deixou o local recolhendo-se aos seus aposentos debaixo de protestos e chingamentos não só dos hóspedes, como dos seguidores que acompanhavam o conjunto musical...
Moral da história: Quem esta no fogo é para se queimar, portanto, os inconformados e incomodados que se mudem! Ainda mais sabendo que a cidade estava em festa e como tal, se ali estava é porque não se incomodaria com os festejos...
Ah... esses “turistas de mal com a vida” que vivem a reclamar de tudo que os incomodam, esquecendo que o espaço o qual optou não pertence só a eles, por estar pagando, são sem dúvida uns “malas sem alças” que sempre nos propiciarão instantes musicalmente pitorescos pelos seus “palpites Infelizes”
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