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Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025
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Vergonha não, apenas um descuido

Zelar pelos nossos pertences, não é obrigação, é fato natural, é rotina da gente

José Luiz Ayres
Por José Luiz Ayres
Vergonha não, apenas um descuido
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Recentemente retornava do Rio de Janeiro à cidade de São Lourenço e, não só presenciei como participei de um episódio, cuja jocosidade sem dúvida foi incorporada a nossa coletânea de crônicas dos Esses Turistas Pitorescos, a qual mais uma vez agradeço a personagem pelo inusitável instante proporcionado.

O ônibus que me conduzia, ao fazer sua parada de praxe à rodoviária de Resende (Graal) , foi determinado o tempo de 20 minutos pelo motorista, mesmo a estar com pequeno número de passageiros. Saltei como outros os fizeram, estiquei as pernas, utilizei-me dos toaletes, saboreei minha água e café, retornando ao veículo em meio a uma movimentação considerável de pessoas que ali transitavam num vai e vem constante. Porem, um fato jocoso ocorreu, quando caminhava à plataforma e ouvir pelo serviço de alto-falante, após anunciar as partidas de alguns veículos, uma inusitada e talvez incomum informação, que se encontrava à disposição do seu dono, na administração, uma bolsinha, conhecida como nécessaire, esquecida no toalete feminino há poucos instantes. Como detalhe, sobre a mesma uma dentadura e tendo em seu interior uma peça íntima preta e um absorvente. Aquela informação de momento causou-me espanto e porque não perplexidade, afinal como alguém iria esquecer uma coisa tão valiosa em termo de uso pessoal. De baixo de um leve sorriso, meneando a cabeça, segui meu caminho e passei a observar as pessoas, que também sorridentes com muitas até meio espalhafatosas, a gargalharem, galguei a escada do ônibus acomodando-me à poltrona.

Ali absorto e ainda perplexo com a informação ouvida, me pus a imaginar o quanto de cabeça oca seria aquela pessoa que possivelmente nem tenha percebido tal informação. Pois logo depois foi anunciada novamente e solicitava seu comparecimento à retirada na administração. Com a chegada dos passageiros, porta do ônibus cerrada, motor acionado, e lá fomos nós estrada afora. Com poucos minutos uma mulher que se posicionara ao par de poltronas atrás de mim, tocou-me ao ombro a indagar se eu sabia o telefone da rodoviária. Respondendo-a, disse que não. Mas se houver necessidade, o melhor seria ir até a cabine do motorista e perguntar. Assim procedeu e conseguiu seu objetivo. Agradecendo-me, pelo celular contatou a administração.

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Sem esperar, não que quisesse dar uma de abelhudo, pasmem... A dona do nécessaire era aquela mulher! Já que agradeceu a funcionária que a atendeu e pela presteza em encaminhar a bolsinha à empresa do ônibus, que o encaminhamento dar-se-ia a Varginha e que seria pelo último ônibus ao início da madrugada à entrga.

Moral da história: Por mais que houvesse presteza e gentileza da locutora do Graal, achamos que houve sim um pouco de falta de preparo, já que não era necessário detalhar o conteúdo do nécessaire. Bastava comunicar a perda do objeto!

Ah... Mas que o episódio foi bem pitoresco, não há dúvida. E que a madame não passa de uma cabeça oca mais ainda. Afinal zelar pelos nossos pertences, não é obrigação, é fato natural, é rotina da gente!

Vejam vocês como as coisas acontecem e eu agradecer ao destino por poder estar presente ao acontecido. No meu caso, não era para ser incluso a minha coletânea?

Por isso, tenho atualmente mais de 500 crônicas sobre estes turistas pitorescos!!!

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