Violação de tabaqueira fez doer na madrugada...
Certa feita gozávamos à cidade de Caxambu, (MG), um dos nossos período das férias de julho num hotel, cuja presença de turistas nos surpreendia, em que a agitação imperava a tornar o ambiente de certa forma até saudável. Mesmo com esta confusão toda, havia certa coerência de comportamentos, onde aparentemente todos se respeitavam nas suas faixas etárias, a deixar transparecer o quanto de respeito e união era mostrado enquanto ali permanecemos. Sem dúvida, deixava o ambiente menos taciturno, tal a comunicabilidade entre todos.
Mas para não dizer que tudo eram flores, havia um grupo de cidadãos, que se diferenciava, a tornar o ambiente quando presente no refeitório, na sala do carteado, na sinuca, o mesmo na piscina, um tanto agitado a causar reboliços pelo palavreado um tanto chulo a causar mal estar, enfim excediam além da conta nas suas conversas e vociferações exageradas, motivadas talvez pelo abuso do álcool.
À noite na sala do carteado, bem concorrida, o tal “grupo alegre” a se ocupar de uma mesa redonda, costumava efetuar suas rodadas de pôquer, a transformar o ambiente tranquilo num total agito antes de iniciar seus jogos. Dois casais já da terceira idade, aficionados do buraco que diariamente frequentavam a sala, passaram a serem motivos de piadas pelo fato de um deles ser tabagista. Só que de cigarros de palha e vez por outra a se utilizar da sua bouceta colocada sobre o cinzeiro de pé ao seu lado um pouco atrás da cadeira, para preparar seus cigarros após despejar sobre a palha o fumo macerado e cortado do rolo. Lógico que aquele “ritual” era motivo de chacotas, dado ao forte odor de fumo queimado no recinto.
O “coroa” fumante, mesmo sendo gozado, principalmente, pelo grupo, limitava-se a sorrir, após iniciar seu ritual e dar sua baforada na sala impregnando-a com o cheiro do fumo forte, inclusive até a provocar tosse em alguns presentes. Mas aquela noite, uma surpresa foi atribuída ao grupo, quando o dito fumante ao dar início seu ritual, cujo silêncio reinante era estranho no ambiente. Acendeu o fósforo depois de colocar o cigarro nos lábios e avivou a brasa ao acender o cigarro, para em seguida retira-lo da boca a olha-lo e a seguir de volta aos lábios, dá forte puxada e lançar ao alto a fumaça azulada a toldar a sala, por longa tragada. A seguir, de retorno tenta dar nova tragada, ouviu-se forte barulho de um chiado seguido de um estouro. Assustado , “o coroa’” após cuspir o que sobrou do cigarro ao chão, preparou outro cigarro se valendo do mesmo ritual, só que agora “depois da casa arrombada”, observa ao interior da bouceta, a esmiuçar por encontrar ao diferente e prepara novo cigarro. Este foi pior que o outro, já que ao acendê-lo, além do chiado e do estouro imediato, chamuscou, enquanto apagava as chamas, o grosso bigode, no que provocou uma unissonica gargalhada no recinto. Segundo o seu Monsanto, como se identificou, depositaram dentro da bouceta do fumo, pólvora de bombinhas de São João e vária cabeças de fósforo que não notou ao preparar seus cigarros. Mas levou na farra mesmo tendo perdido seu bigode que cultivou por quase 25 anos. Como tudo na vida tem seu preço, pagou com mesma moeda, ou seja: preparou umas caipirinhas especiais junto com dois vidros de 500 ml da “laxativa Limonada purgativa. O resultado está ai o garçom do bar o ajudou a fazer, pois eles sempre pedem estas bebidas, cujo conteúdo colocou para quem quiser saber, ou seja, passaram a noite se esvaindo e lá estão até agora fazendo uso do amigo “ vaso Sanitário”. Só poderia dar no que deu.
Aquela noite, na sala de carteado, resolveu presentear ao grupo, cujas fisionomias bem abatidas pela noite mal dormida nas idas da cama ao vaso, com um cigarrinho de palha a dizer que esses não causam explosões, podem fumar tranquilos...
Ah... Esses turistas gozadores, quando suas gozações aparentes são retrucadas por outro gozador ainda mais esperto e tornam-se presas fáceis, são de fato uns otários a nos presentear com momentos pra lá de pitorescos... Nunca se deve cantar vitória antes de se encerrar o jogo, pois blefar também faz parte do jogo.
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