Yasmin Bernardes trabalha como balconista em uma loja do centro da cidade. Ela mora no Bairro Jardim Serrano e precisa diariamente dos ônibus urbanos para chegar até o trabalho. Assim como outras dezenas de usuários do sistema de transporte, ela foi até a audiência pública realizada na noite desta terça-feira, 8, na Câmara Municipal para tratar do transporte o coletivo.
Durante a audiência os usuários puderam expor os problemas por quais passam, as dificuldades enfrentadas após a implantação do novo sistema de transporte coletivo, apresentar sugestões e, até mesmo, fazer elogios.
“Depois que o novo sistema foi implantado, preciso fazer uma caminhada de aproximadamente seis minutos para chegar até o ônibus quando vou trabalhar e acabo me atrasando ou tenho que ir caminhando. Antes gastava no máximo dois minutos para chegar até o ponto”, contou Yasmim, que pega o ônibus próximo ao Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Cida Costa.
“Após sair do trabalho, meu tempo de espera para pegar o ônibus para voltar varia entre uma e duas horas. Gostaria que os horários voltem como eram antes", sugeriu a usuária.
As principais reclamações da população foram em relação aos horários dos ônibus, o tempo de espera, sistema de integração, valor da tarifa, entre outros. Os problemas com o transporte começaram a surgir após a implantação do novo sistema no dia 31 de agosto deste ano em caráter experimental, sugerido por um estudo realizado por uma empresa de Belo Horizonte contratada pela Prefeitura de São Lourenço por cerca de R$ 80 mil.
O sistema em vigor experimentalmente ampliou para 11 o número de linhas, que passaram a ligar os bairros ao centro e iniciou o sistema de integração através da utilização do cartão da empresa operadora do transporte coletivo. Com a utilização do cartão, o usuário não paga a segunda passagem ao pegar o ônibus do segundo destino.
De acordo com o presidente do Conselho Municipal de Trânsito (Comutran) de São Lourenço, José Carlos Marques, as necessidades da população e os problemas enfrentados por ela estão sendo observados para que sejam sanados.
“Esse sistema nunca foi feito em São Lourenço. Ele está sendo colocado em prática agora e a SL Trans, junto com a Circular, estão fazendo um esforço tremendo para que ele funcione. Hoje foram apontados inúmeros problemas que já houveram consenso para resolução”, disse o presidente do Comutran.
Já o diretor operacional da Circular São Lourenço, Haroldo Lopes, afirmou que há tratativas entre empresa e o SL Trans para adequar o sistema para que atenda a contento os usuários. “A empresa tem trabalhado em conjunto com a prefeitura e não tem mais interesse no transporte coletivo. Estou dando minha contribuição no que posso, mas temos que cumprir a regra determinada pela prefeitura e cabe a ela resolver os problemas”, disse o diretor.
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