A Câmara Municipal de São Vicente de Minas instaurou, no último dia 28, uma Comissão Processante (CP) para investigar o vereador Samuel Carvalho, oposição ao atual governo municipal. O motivo é que o vereador teria quebrado o decoro parlamentar ao se desentender com o prefeito.
A denúncia que instaurou a CP, partiu do prefeito Jacinto Alair de Paula, conhecido como Lili do Gás. Segundo a denúncia, a briga começou após um evento realizado durante a Exposição de Pequenos Animais (Expai) da cidade. O prefeito teria sido questionado sobre os valores do ingresso quando se iniciaram a troca de socos.
“Além de atacar a pessoa e a gestão do prefeito, o vereador se insurgia contra o valor do ingresso para o evento. De repente, não bastassem as ofensas verbais, Samuel Carvalho e seu irmão desferiram socos no rosto do Prefeito Municipal”, disse o prefeito na denúncia.
O vereador denunciado questionou a versão apresentada, uma vez que ele e os outros vereadores aliados a ele são oposição e minoria no parlamento municipal. “O que fiz foi questionar o prefeito sobre o valor cobrado pelo ingresso. Estava caro e a população não pode participar do rodeio que tem na Expai. Diante da atual crise financeira pelo qual o país passa, as pessoas estão sem dinheiro”, contou Samuel Carvalho.
“Quando comecei a conversar com ele, muitas pessoas já se aproximaram. Quando segurei o braço dele, já levei um soco e a briga começou. Não provoquei uma discussão e muito menos uma briga”, complementou o parlamentar municipal.
Instauração da Comissão Processante
A denúncia foi protocolada no dia 28 de junho deste ano e a CP só foi colocada em pauta na reunião ordinária do dia 28 de agosto pelo presidente, João Batista Filho, o Batista. Entre os oito vereadores votantes, cinco votaram pela instauração das investigações.
Acataram a denúncia os vereadores Ketely Ribeiro dos Santos (relatora da CP), Carlos Humberto Dias, Manoel Donisete Gonçalves, Elias Ramos e Adilson Luiz da Silva. Votaram contra a Comissão Processante os vereadores Manoel Silvano Felipe (presidente da CP), Selma Maria de Paula Pereira (membro da CP) e André Mângia de Souza, suplente do vereador Samuel.
Exceto a relatora, os demais membros são da oposição ao prefeito denunciante.
A Comissão Processante
A partir da notificação do denunciado, a Comissão Processante tem até 90 dias para concluir os trabalhos investigativos. Os vereadores membros da CP vão analisar a documentação, ouvir as testemunhas de defesa e acusação para depois produzir o parecer final.
Após a produção do parecer final pelo relator, os vereadores votam pela aprovação dele ou não. Se aprovado, o presidente da casa legislativa marca a data da sessão de cassação do mandato do vereador.
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