Todos os tipos de vozes e de diferentes idades: crianças, jovens, adultos e idosos. As músicas, as mais variadas, passando pelas clássicas até as mais populares. O final de semana foi de muita cantoria em São Lourenço com a presença de mais de 500 coralistas, distribuídos em 19 corais, durante a quarta edição do Cantáguas Festival Nacional de Corais, realizado entre os dias 20 e 22 de setembro.
Promovido pelo Instituto Coral Por Amor, o evento foi apresentado no auditório do Colégio Imaculado Coração de Maria (CICM), Catedral de Bambu, no Parque das Águas, asilos, hospital e hemodiálise com os concertos sociais.
A abertura, realizada na noite da sexta-feira, 23, no CICM, contou com apresentações abrangentes com corais mais experientes com estrutura um pouco mais simples de música até estruturas complexas, delicadas e de difícil execução.
Na manhã de sábado, as apresentações foram na Catedral de Bambu. Os concertos foram leves favorecidos com o tema primavera. A tarde foram os concertos sociais nos asilos São Francisco, São Vicente de Paula, Casa de Maria, Hospital São Lourenço e Hemodiálise.
De acordo com o maestro do Coral Por Amor e organizador do evento, Murilo Bortolozzi, os concertos sociais são obrigatórios no Cantáguas. Para ele, é uma forma de devolver para toda a sociedade os benefícios trazidos pela música.
“É uma troca. Toda vez que vez trocamos, a gente cresce. Essas pessoas que estão nos asilos ou que estão adoecidas e recebendo um tratamento difícil, como é o caso dos pacientes da hemodiálise, se beneficiam com tudo o que a música pode oferecer e o canto coral pode levar em termos de energia e benefícios em geral. Isso vai desde socialização até efeitos químicos e neuroquímicos no cérebro. Temos uma série de estudos demonstrando isso. Ao mesmo tempo é uma oportunidade para os coros entrarem em contato com pessoas que precisam de tudo: carinho, medicamentos, Deus, apoio...”, explicou o maestro, que também é médico.
Na noite do sábado, as apresentações voltaram para o salão do CICM. O maestro, Alfredo Duarte, regente do Coral Ginástico Português, do Rio de Janeiro, já frequenta São Lourenço há 20 anos com e sem o coral. “Participar de um evento como este é pelo prazer de cantar a sério músicas polifônicas e depois ver e ouvir outros grupos se apresentarem. Não temos músicos profissionais no nosso coral. A gente sempre aprende um pouco mais com a apresentação de outras pessoas”, disse o maestro.
O encerramento do Cantáguas 2019 foi no domingo de manhã com a apresentação na Basílica Menor São Lourenço Mártir com a reunião dos corais que participaram do festival. Após houve a despedida dos corais com a apresentação da Banda Antônio de Lorenzo na Praça Brasil.
Pantheon de Minas
Ao final das apresentações, os corais eram homenageados com um troféu que possui a réplica do Pantheon. A réplica utilizada na produção do troféu foi trazida pelo Coral Por Amor da Itália durante uma turnê no continente europeu, no primeiro semestre deste ano.
O troféu em forma de Pantheon representa o maior projeto do Instituto Coral Por Amor: a construção do Pantheon de Minas. Com a aquisição de um terreno com 50 mil metros quadrados localizado na estrada que liga São Lourenço a Carmo de Minas, o instituto vai construir a réplica do Pantheon na região. A edificação terá 1,5 mil metros quadrados e a área interna poderá comportar 1,2 mil pessoas sentadas.
A estrutura será utilizada para fins culturais e de visitação. A renda será revertida para projetos sociais, culturais e de saúde. A construção respeitará as normas de acessibilidade, segurança, entre outras. Ainda haverá área administrativa, estacionamentos para carros, ônibus e motos, banheiros, etc.
Veja aqui mais fotos do evento
Comentários: