São Lourenço Atual - Notícias de São Lourenço e Região - MG

Domingo, 08 de Dezembro de 2024
King Pizzaria & Choperia
King Pizzaria & Choperia

Economia

Novas regiões mineiras trabalham nos regulamentos do queijo artesanal

Reconhecidas neste ano, Alagoa e Mantiqueira poderão, após esse processo, solicitar registro das queijarias

São Lourenço Atual
Por São Lourenço Atual
Novas regiões mineiras trabalham nos regulamentos do queijo artesanal
Os queijos artesanais produzidos em Minas/Foto: Divulgação/IMA
IMPRIMIR
Espaço para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.

A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) segue com as ações para incentivar a produção do Queijo Artesanal em Minas Gerais. Duas novas regiões foram recentemente acompanhadas de perto pela secretaria: Alagoa e Mantiqueira de Minas.

As duas regiões, lembra a secretária Ana Valentini, foram caracterizadas há pouco tempo e, neste momento, os esforços estão voltados para a elaboração dos regulamentos desses queijos. Depois desse processo, os produtores poderão solicitar junto ao IMA o registro das queijarias e, posteriormente, o Selo Arte para a venda em todo o território brasileiro.

“A produção de queijos artesanais em Minas Gerais é uma grande esperança de trazer renda para as famílias, principalmente os agricultores familiares, em nosso estado. Ao mesmo tempo que ajuda os produtores, a regularização também traz segurança para os consumidores”, observa Ana Valentini. É fundamental mantermos essa proximidade e um canal permanente de diálogo para ouvirmos as demandas e buscar soluções para esta iguaria que projeta o nome de Minas mundo afora”, complementa.

Leia Também:

Alagoa

A história do Queijo Artesanal de Alagoa começou na década de 1920, quando o casal de italianos Pascoal Poppa e Luiza Altomare Poppa se mudou para o município. Ao perceberem as semelhanças climáticas entre a cidade e sua terra natal, Parma, resolveram experimentar a produção de um queijo no modelo de fabricação do parmesão.

“Deu muito certo e o queijo rapidamente conquistou mercados do Rio de Janeiro e São Paulo. Ao verem o sucesso do casal italiano, produtores locais também passaram a fabricar o queijo, mas de forma artesanal. Eles fizeram algumas adaptações no sabor e características para agradar os consumidores brasileiros, que costumam preferir um queijo mais macio e um pouco menos curado”, explica Júlio César Seabra, engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), vinculada à Seapa.

Segundo ele, o último levantamento da cidade apontava 138 produtores do queijo artesanal, com produção estimada de 1,5 tonelada por dia. “O Queijo de Alagoa se diferencia pela forma de produção. Ele é aquecido e misturado com fermento e coalho. Depois é dessorado e colocado em formas por 1 a 3 dias. Só então ele passa pela salmoura e, em seguida, é colocado para maturação e comercialização”, detalha Seabra.

Essa forma de produção atualmente se encontra em muitos municípios da região da Serra da Mantiqueira em Minas Gerais.

Mantiqueira de Minas

O produtor de Queijo Artesanal Mantiqueira de Minas Francisco de Franco Maciel Lopes, o Tutti, trabalha há 9 anos com o queijo artesanal. “Temos uma produção diária de 700 litros de leite, tudo muito bem selecionado e higienizado. Produzimos em média 65 kg de queijo por dia. Quando mais fresco, é um produto mais macio e suave. Já quando há uma maturação maior, de três ou quatro meses, o queijo fica com o sabor mais forte, uma casca dura e, por dentro, ele praticamente desmancha ao colocar na boca”, explica.

Flora Aparecida Teixeira Castro, coordenadora técnica regional da Emater-MG de Lavras, destaca a importância cultural, social e econômica do Queijo Artesanal Mantiqueira de Minas para a região e todo o estado. “É um queijo tradicional, feito com leite cru, soro, fermento ou pingo, e coalho coagulante ou sal. A diferença aqui é que ele é aquecido durante o processo de produção, o que altera todo o produto”, detalha.

De acordo com a técnica, a produção de queijo artesanal em Aiuruoca é de 285 toneladas por ano. O queijo Mantiqueira de Minas tem como característica a consistência semidura, cor amarelo palha, aroma adocicado e sabor levemente picante. “Tem crosta fina e lisa, não possui olhadura, tem formato cilíndrico e o peso oscila de 1 a 5 kg”, completa Flora.

Reconhecimento

A identificação da Serra da Mantiqueira como produtora de queijos artesanais foi realizada oficialmente pelo Governo de Minas em junho deste ano. As portarias publicadas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e Emater-MG reconhecem 10 cidades mineiras. São elas: Alagoa (produtora de Queijo Artesanal de Alagoa); e os municípios fabricantes do Queijo Artesanal Mantiqueira de Minas - Aiuruoca, Baependi, Bocaina de Minas, Carvalhos, Itamonte, Liberdade, Itanhandu, Passa Quatro e Pouso Alto.

Em agosto de 2020, foi assinado, pelo governador Romeu Zema, decreto que regulamenta a produção e comercialização dos queijos artesanais em Minas Gerais. A medida visa contribuir para o desenvolvimento do segmento, valorizando os produtos e a cultura regional, além de melhorar o ambiente de negócios e buscar novos mercados. Cerca de 30 mil produtores de queijos artesanais e empreendedores rurais no estado serão beneficiados com a medida.

 

 

FONTE/CRÉDITOS: Agência Minas
Comentários:
King Pizzaria & Choperia
King Pizzaria & Choperia
King Pizzaria & Choperia
King Pizzaria & Choperia

Crie sua conta e confira as vantagens do Portal

Você pode ler matérias exclusivas, anunciar classificados e muito mais!