Testemunhas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal que investiga o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Lourenço (SAAE) de São Lourenço responderam perguntas dos vereadores nas oitivas realizada na quarta-feira, 30, no plenário da sede do legislativo.
Nesta segunda etapa de oitivas foram ouvidos três servidores da autarquia municipal. Prestaram depoimentos o diretor administrativo, Matheus Piantino, a coordenadora de serviços urbanos, Patrícia Baltar, e o chefe da contabilidade, Paulo Henrique. Ainda seria ouvido o proprietário da empresa GTA Ecocidades Comunicação e Meio Ambiente, Alexandre Torres, que não compareceu a oitiva.
Os vereadores investigam possíveis irregularidades no repasse de recursos da autarquia para o Sindicato dos Empregados em Turismo e Hospitalidade (Sineth) para pagamento dos salários em atraso dos funcionários da GTA Ecocidades Comunicação e Meio Ambiente. Durante as oitivas, os vereadores e o presidente da autarquia questionaram sobre documentações, pagamentos e o contrato.
Uma das perguntas das oitivas feita pelo vereador Evaldo Ambrósio, membro da CPI, para coordenadora de serviços urbanos do SAAE. Ele questionou se alguma pessoa que não pertencesse ao quadro da empresa tentou intermediar com a autarquia o pagamento da empresa terceirizada.
“O vereador Orlando através do telefone fixo da autarquia fez pedidos para que fossem feitos pagamentos da empresa e ainda enviou documentos para o WhatsApp do presidente do SAAE”, declarou Patrícia Baltar.
Questionada pelo vereador Ricardo Luiz Nogueira (PMDB) se houve uma tentativa de fraude pela empresa, a gerente ainda relatou que os documentos enviados para que o pagamento da empresa pudesse ser efetuado tiveram que ser analisados quanto a veracidade deles. “Sim. Não conseguíamos realizar os pagamentos com os documentos enviados para a autarquia, da mesma maneira, que colaboradores assinaram recibos sem receber. Tivemos que chamar técnicos do banco Santander para nos ajudar a averiguar os documentos”, disse a gerente.
O São Lourenço Atual ouviu o vereador Orlando da Silva Gomes (PRB) que confirmou a intermediação realizada na tentativa que o SAAE efetuasse o pagamento da GTA Ecocidades. “Não cabe a mim verificar a autenticidade de documentos. Eu recebi uma denúncia de um empresário que prestava serviço para a autarquia e na condição de vereador e fiscalizador, reenviei ao presidente para que ele pudesse tomar conhecimento”, disse o parlamentar.
Já o presidente da CPI, vereador Ricardo de Mattos (PMN), afirmou que as declarações da gerente de serviços urbanos do SAAE sobre o vereador Orlando Gomes da Silva não vão alterar os rumos da CPI. “Esse assunto será discutido pela comissão e junto com a análise do jurídico sobre qual medida deverá ser tomada. Foi feita uma acusação grave sobre o envolvimento de um vereador e que precisará ser avaliada a veracidade dos fatos”, disse o presidente.
“Nós temos que juntar documentos, repassar para o presidente da Câmara para que as providências sejam tomadas. A acusação foi feita durante uma sessão da CPI, mas o assunto não é pertinente a ela”, declarou o presidente da CPI.
O presidente da autarquia, Gustavo Ribeiro, também confirmou o envio de documentos dos referidos documentos para o WhatsApp dele. “Os prints das conversas do WhatsApp estão anexados no processo da CPI”, afirmou.
O depoimento do proprietário da empresa GTA Ecocidades Comunicação e Meio Ambiente foi transferido para o dia 18 de junho devido à ausência dele. Para a mesma data foi transferido o depoimento do presidente do SAAE, que seria amanhã, 31.
Até o fechamento desta matéria o São Lourenço Atual não conseguiu contato com a empresa GTA Ecocidades. Estamos a disposição para esclarecimentos através do e-mail saolourencoatual@slatual.com.br
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