Uma manifestação pacífica foi realizada na tarde desta quarta-feira, 13, pelos pequenos comerciantes de São Lourenço para reivindicar a reabertura de mais setores do comércio da cidade.
Os comerciantes se concentraram na Praça Brasil e fizeram uma passeata até o Paço Municipal e ficaram em frente à sede da prefeitura para protocolar documentos, onde argumentam a necessidade de reabertura dos estabelecimentos ainda não contemplados e o compromisso com as medidas para evitar a disseminação do novo coronavírus, o Covid-19.
De acordo com a proprietária de um centro de beleza, Cíntia Souza, medidas de proteção à saúde dos profissionais e clientes já fazem parte das rotinas do estabelecimento, independente da pandemia do novo coronavírus.
“Temos um espaço que conta com 10 funcionários, uns afastados e outros dispensados, e os profissionais da área de beleza já são instruídos nos cursos a terem cuidados de biossegurança. Estamos em uma situação bem difícil. Talvez temos que demitir mais funcionários por conta dessa paralização de quase dois meses”, disse a empresária.
“Nós temos espaço para atender com as normas de cuidados. Estamos na manifestação para tentar a reabertura. Já fizemos outro requerimento para a Célia (Cavalcanti) no dia 24 de abril, ela argumentou que não tinha um decreto autorizando e agora temos o decreto presidencial”, argumentou Cintia Souza.
Para Eliasar Eduardo, proprietário de duas lojas de vestuários e calçados na cidade, sendo uma dentro de uma galeria comercial, a situação econômica se agrava a cada dia que as lojas estão fechadas.
“O comércio está reagindo muito mal a esse fechamento. Temos aluguel, água, luz, IPTU e nossos funcionários para pagar e nossas reservas estão acabando. Afastei dois funcionários e mais dois já foram demitidos. Por que a máscara, o álcool em gel, horário de atendimento agendados funcionam para os grandes estabelecimentos e não para os pequenos que não geram aglomerações?”, questionou o empresário.
Uma comissão de manifestantes pediu para serem recebidos pela prefeita Célia Cavalcanti e não foi atendida. O carro da prefeitura usado e dirigido pela própria chefe executivo não estava estacionado na frente da prefeitura, porém as luzes do gabinete dela estavam acesas.
Uma das organizadoras do movimento, Soninha Alves, reivindicou que uma comissão fosse recebida pela prefeita e a reunião gravada. “Queremos uma reunião ao vivo (pelas redes sociais) para as pessoas assistirem, pois é um direito delas presenciarem tudo o que for dito”, afirmou Soninha.
Questionada pelo São Lourenço Atual, até o fechamento dessa matéria a Assessoria de Comunicação da prefeitura não respondeu se falaria sobre a manifestação. Através de decreto, a prefeitura aderiu ao Minas Consciente, que é um programa do Governo Estadual que sugere a abertura gradual do comércio.
Essa foi a segunda manifestação dos pequenos comerciantes. A primeira ocorreu na quinta-feira, 7, durante a reunião do Comitê Municipal de Enfrentamento ao Covid-19
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